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Maduro volta a utilizar versão de "Despacito" apesar de queixas de cantores

25/07/2017 21h03

Caracas, 25 jul (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a utilizar nesta terça-feira uma versão de "Despacito" para promover a Assembleia Nacional Constituinte no país, apesar das queixas dos cantores porto-riquenhos Luis Fonsi e Daddy Yanke, autores do sucesso, pelo uso indevido da música.

"Vieram de Miami proibir o vídeo de Maduro. É um vído proibido no mundo. A ditadura imperialista não os deixa ouvir. Estão eliminando o vídeo do YouTube, de tudo", disse o presidente em um ato com aposentados realizado em Caracas.

"É uma perseguição mundial contra mim, contra nós. Até onde isso vai chegar?", questionou Maduro após voltar a tocar a versão da música, que foi cantada pelos aposentados que participavam do ato de campanha para a Constituinte do próximo domingo.

Maduro utilizou a versão para promover a Assembleia Nacional Constituinte, boicotada pela oposição, em seu programa semanal na televisão no último domingo, o que provocou a reação imediata dos dois cantores que a tornaram um sucesso em todo o mundo.

"A minha música é para todos aqueles que queiram ouvi-la, aproveitá-la, mas não para ser usada como propaganda que tenta manipular a vontade de um povo que está gritando por liberdade e um futuro melhor", escreveu Fonsi em uma mensagem no Instagram.

"Com esse nefasto plano, o senhor só continuará colocando em evidência o seu ideal fascista, que matou centenas de heróis e causou mais de 2 mil feridos", afirmou Yankee, citando as vítimas dos protestos contra Maduro na Venezuela.

A oposição venezuelana e amplos setores sociais criticam a ideia de Maduro de elaborar uma nova Constituição. Para eles, a medida consolidará uma ditadura no país.