Topo

Senado dos EUA aprova sanções contra a Rússia, e decisão caberá a Trump

27/07/2017 21h13

Washington, 27 jul (EFE).- O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira um pacote de sanções contra a Rússia, apesar da oposição manifestada pelo presidente, Donald Trump, que agora pode assinar o projeto para colocá-lo em vigor ou vetá-lo.

Aprovado com apoio de republicanos e democratas por 98 votos a 2, o pacote também inclui sanções contra a Coreia do Norte e o Irã por seus programas armamentísticos.

A Câmara dos Representantes já tinha aprovado na terça-feira por 419 votos a 3 o texto, que imporia sanções à Rússia pela suposta ingerência nas eleições presidenciais americanas de 2016, pela atividade militar no leste da Ucrânia e a anexação da Crimeia em 2014.

O projeto também propõe sancionar cidadãos russos envolvidos em violações aos direitos humanos, responsáveis por ataques hackers e indivíduos que tenham fornecido armas ao governo da Síria.

Ainda que Trump tenha se mostrado crítico em relação a estas sanções, sua margem de manobra é limitada pelo amplo apoio que o projeto obteve nas duas câmaras do Congresso, que podem invalidar um eventual veto com os votos de apenas dois terços dos congressistas.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse hoje antes da votação que Trump espera receber a proposta para tomar uma decisão.

"Vamos esperar e ver o projeto final, e tomaremos uma decisão nesse ponto", afirmou Sanders.

O polêmico diretor de comunicação da Casa Branca, Anthony Scaramucci, insinuou hoje, no entanto, que Trump poderia vetar a proposta legislativa para promover algo "mais duro".

Trump sempre expressou seu desejo de melhorar as relações com o Kremlin e considera reabrir algumas instalações diplomáticas russas em solo americano que o ex-presidente Barack Obama fechou como punição pela suposta intromissão da Rússia nas eleições do ano passado nos Estados Unidos.

O presidente russo, Vladimir Putin, atribuiu hoje as sanções a uma "histeria antirussa" nos Estados Unidos, e seu Ministério de Relações Exteriores alegou que elas representam "um passo muito sério para a destruição das possibilidades de normalizar as relações".