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Trump reforça pedido a senadores republicanos para derrubarem Obamacare

27/07/2017 13h34

Washington, 27 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reforçou nesta quinta-feira o pedido a senadores republicanos para que consigam derrubar a lei de saúde conhecida como Obamacare, após duas votações sem sucesso que deixam como única possível alternativa uma versão muito mais leve do que a original.

"Vamos, senadores republicanos, os senhores podem conseguir com a assistência de saúde. Após 7 anos, esta é a sua oportunidade de brilhar! Não decepcionem o povo americano!", disse Trump no Twitter.

Os representantes republicanos no Senado, que são maioria na Casa, não chegaram a um acordo sobre como derrubar a lei de saúde promovida pelo ex-presidente Barack Obama, e as duas propostas consideradas até agora não tiveram o consentimento dos senadores para avançar.

O Senado aprovou na terça-feira a abertura de um novo procedimento legislativo para manter vivo o debate sobre o futuro da lei de saúde, uma pequena vitória de Trump quando tudo parecia perdido para seus planos.

Porém, a falta de acordo é tamanha que o vice-presidente, Mike Pence, na condição de presidente do Senado, teve que desfazer o empate em 50 votos entre democratas e republicanos para começar o debate legislativo.

Após esse primeiro passo, foram submetidos a votação dois projetos legislativos, um que contemplava a derrubada e um plano de substituição, e outro que simplesmente acabava com grande parte do sistema atual de saúde e dava dois anos de margem para criar uma alternativa. Nenhum deles prosperou.

Diante da falta de entendimento, espera-se que os republicanos levem ao Senado uma derrubada parcial do Obamacare, conhecida como "skinny bill" - ou "lei magra" -, na qual só serão submetidas a votação emendas nos poucos aspectos nos quais houver consenso.

Ainda não está claro como será o formato final desta versão, que será debatida hoje no plenário do Senado, já que deve ser também aprovada em última instância pela Câmara de Representantes.

A "lei magra" pode acabar com alguns aspectos com os quais os republicanos concordam em pôr fim, como a determinação para as empresas com mais de 50 funcionários oferecerem um seguro médico a seus trabalhadores para não serem multadas.

No entanto, a expansão das subvenções a pessoas de baixa renda, conhecida como Medicaid e que é amparada pelo Obamacare, seria mantida na íntegra para deixar satisfeitos os senadores mais moderados, algo que, no entanto, não é bem-visto pelos conservadores.

Ainda que a "lei magra" pareça a opção mais viável até o momento, tampouco está claro que obtenha todos os apoios, pois seu impacto também deixaria sem cobertura médica 16 milhões de pessoas nos próximos dez anos, metade do que aconteceria com as opções já rejeitadas, mas assim um duro golpe para o acesso à saúde no país. EFE

rg/id