Procuradora-geral determina investigação de crimes associados à Constituinte
Caracas, 31 jul (EFE).- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, anunciou nesta segunda-feira o início de uma investigação pelo crime de lesa-humanidade que considera ter sido cometido com as eleições da Assembleia Nacional Constituinte ontem por parte do governo do país e por tudo o que ocorreu durante o dia de votação, com mortes em protestos e ameaças.
"Ordenei o início de uma investigação penal. Desde a convocação inconstitucional da Constituinte presidencial, o sagrado direito à soberania foi violado", afirmou a procuradora-geral.
Ortega Díaz também citou os incidentes registrados durante o pleito, como mortes, homicídios e também a extorsão de funcionários públicos, que foram obrigados a votar em alguns casos. Para ela, todos os casos representam crises de lesa-humanidade.
A procuradora-geral indicou que o Ministério Público recebeu muitas denúncias de pessoas forçadas a votar, de funcionários públicos que foram ameaçados e de cidadãos que receberam alertas de que perderiam benefícios sociais se não fossem às urnas.
"Isso eu não posso, nem devo, deixar impune", afirmou.
Caso o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumpra a ameaça de afastá-la do cargo através da Constituinte escolhida ontem, Ortega Díaz disse que vai recorrer aos tribunais internacionais.
"Os crimes de lesa-humanidade podem ser levados aos órgãos internacionais, com todo o acúmulo de provas que temos, para garantir que os responsáveis sejam punidos", indicou.
A procuradora-geral garantiu ter evidências de que 25% das 121 mortes ocorridas desde 1º de abril nos protestos contra o governo foram "produto da ação das forças de segurança".
Segundo Ortega Díaz, 40% dessas mortes foram provocadas por civis armados que atuam contra os manifestantes.
"Isso sem contar as inumeráveis denúncias por torturas, lesões, tratamento cruel, prisões arbitrárias, violações de residência e destruição de propriedade privada", afirmou.
A procuradora também considerou lamentável o fato de Maduro ter afirmado ontem que a primeira medida da Assembleia Nacional Constituinte deve ser "reestruturar o Ministério Público".
"O presidente já está dando ordens à Constituinte", disse.
"Não é atacar a fome, não é atacar a escassez de medicamentos e alimentos. Não, isso não é prioridade. A prioridade é acabar com esse Ministério Público. A primeira coisa que essa Constituinte vai fazer é acabar com tudo aquilo que seja um obstáculo para o poder absoluto", denunciou Ortega Díaz.
Para a procuradora, Maduro e seus aliados querem "governar sem moral" e sem o controle do Ministério Público e do Parlamento sobre os bens e o dinheiro público.
"É por isso que querem minha saída", afirmou.
"Ordenei o início de uma investigação penal. Desde a convocação inconstitucional da Constituinte presidencial, o sagrado direito à soberania foi violado", afirmou a procuradora-geral.
Ortega Díaz também citou os incidentes registrados durante o pleito, como mortes, homicídios e também a extorsão de funcionários públicos, que foram obrigados a votar em alguns casos. Para ela, todos os casos representam crises de lesa-humanidade.
A procuradora-geral indicou que o Ministério Público recebeu muitas denúncias de pessoas forçadas a votar, de funcionários públicos que foram ameaçados e de cidadãos que receberam alertas de que perderiam benefícios sociais se não fossem às urnas.
"Isso eu não posso, nem devo, deixar impune", afirmou.
Caso o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumpra a ameaça de afastá-la do cargo através da Constituinte escolhida ontem, Ortega Díaz disse que vai recorrer aos tribunais internacionais.
"Os crimes de lesa-humanidade podem ser levados aos órgãos internacionais, com todo o acúmulo de provas que temos, para garantir que os responsáveis sejam punidos", indicou.
A procuradora-geral garantiu ter evidências de que 25% das 121 mortes ocorridas desde 1º de abril nos protestos contra o governo foram "produto da ação das forças de segurança".
Segundo Ortega Díaz, 40% dessas mortes foram provocadas por civis armados que atuam contra os manifestantes.
"Isso sem contar as inumeráveis denúncias por torturas, lesões, tratamento cruel, prisões arbitrárias, violações de residência e destruição de propriedade privada", afirmou.
A procuradora também considerou lamentável o fato de Maduro ter afirmado ontem que a primeira medida da Assembleia Nacional Constituinte deve ser "reestruturar o Ministério Público".
"O presidente já está dando ordens à Constituinte", disse.
"Não é atacar a fome, não é atacar a escassez de medicamentos e alimentos. Não, isso não é prioridade. A prioridade é acabar com esse Ministério Público. A primeira coisa que essa Constituinte vai fazer é acabar com tudo aquilo que seja um obstáculo para o poder absoluto", denunciou Ortega Díaz.
Para a procuradora, Maduro e seus aliados querem "governar sem moral" e sem o controle do Ministério Público e do Parlamento sobre os bens e o dinheiro público.
"É por isso que querem minha saída", afirmou.
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