Topo

Festa judaica na Esplanada da Justiça registra pequenos distúrbios

01/08/2017 08h00

Jerusalém, 1 ago (EFE).- A Polícia de Israel está nesta terça-feira em alerta e com um efetivo reforçado em torno da Cidade Velha de Jerusalém por causa da comemoração da festa judaica de Tisha BeAv, na qual foram registrados pequenos distúrbios na Esplanada das Mesquitas, na parte oriental ocupada da cidade.

"Continua a segurança ampliada na Cidade Velha de Jerusalém e no Muro Ocidental (Muro das Lamentações). Milhares de pessoas visitam a região e unidades da Polícia patrulham a área", informou o porta-voz da Polícia Miki Rosenfeld.

Esta manhã, dezenas de turistas e visitantes judeus foram à Esplanada, onde a oração é reservada aos muçulmanos, mas à qual vão extremistas judeus que tentam orar e exigem que o local (o mais sagrado para o Judaísmo e terceiro mais sagrado para o Islã) seja aberto para as orações judaicas.

Seis visitantes judeus foram expulsos do local por "violar as normas" e outros três e um fiel muçulmano foram detidos e interrogados após participarem de um distúrbio violento, informou a porta-voz da Polícia Luba Samri.

Os judeus praticantes festejam hoje o dia de oração e recolhimento de Tisha BeAv (nono dia do mês Av).

"Esta é uma data que sempre lembramos. Sempre voltaremos e rezaremos mais uma vez no nosso lar. Sabemos que isto é nosso porque deus nos deu", assegurou à Agência Efe em frente ao Muro das Lamentações (em território ocupado) Yehuda, um pai de família que hoje foi lugar para rezar.

Ao longo do dia de hoje (que segundo o calendário hebreu começa ao anoitecer do dia anterior), os judeus se reúnem para ler a Torá (Pentateuco) e chorar na data em que, segundo a sua tradição, aconteceu a destruição dos seus dois templos sagrados (o primeiro em 586 a.C. pelos babilônios, e o segundo em 70 d.C. pelos romanos), a expulsão dos judeus da Espanha em 1492, e o envio de milhares para os campos de concentração nazistas de Varsóvia.