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Trump considera que falar "não é a solução" com a Coreia do Norte

30/08/2017 11h19

Washington, 30 ago (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que falar "não é a solução" com a Coreia do Norte, um país que recrudesceu sua ameaça sobre a região do Pacífico com o lançamento de mais um míssil ontem, que sobrevoou o território do Japão.

"Os Estados Unidos estiveram falando com a Coreia do Norte e lhe pagando dinheiro de extorsões durante 25 anos. Falar não é a solução!", escreveu Trump no Twitter.

Ontem, Trump já havia advertido à Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" e considerou que o lançamento deste novo míssil é mais um sinal do "desprezo" de Pyongyang por "seus vizinhos, por todos os membros das Nações Unidas e pelas normas mínimas de comportamento internacional aceitável".

Trump não concretizou o que a Casa Branca está considerando, apesar de ter escrito há pouco tempo no Twitter que "as soluções militares estão completamente preparadas, prontas para o combate, caso a Coreia do Norte atue de forma imprudente".

O regime norte-coreano chegou a dizer que seu último teste foi uma "advertência" aos Estados Unidos e um "prelúdio significativo para manter Guam sob controle", uma ilha no Pacífico Ocidental que pertence aos EUA e que hospeda importantes bases militares americanas.

Ontem, a Coreia do Norte lançou um míssil - pela primeira vez a partir de Pyongyang - que sobrevoou a Península de Oshima, na ilha de Hokkaido, no norte do Japão, antes de cair no Pacífico, a cerca de 1.180 quilômetros do Cabo Erimo, no extremo do nordeste do arquipélago.

Esta é a primeira vez que um míssil norte-coreano passa por cima do território japonês em oito anos, sem contar outros lançamentos que sobrevoaram pequenas ilhas do sudoeste do arquipélago, e depois que Pyongyang lançou em 2009 e 1998 supostos foguetes espaciais com tecnologia de mísseis balísticos, que sobrevoaram o território nipônico.

Em resposta ao novo lançamento, o Conselho de Segurança da ONU celebrou ontem uma reunião urgente na qual descreveu o lançamento do míssil como uma ação "indignante".