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Aós oito anos, Taiwan reativa campanha de participação na ONU

27/09/2017 10h34

Taipé, 27 set (EFE).- Taiwan reativou, após uma pausa de mais de oito anos, sua campanha de mobilizar aliados para que apoiem sua participação nas Nações Unidas, da qual deixou de ser membro em outubro de 1971, após o reingresso na China.

A presidente taiuanesa, Tsai Ing-wen, reatou a campanha iniciada pelo presidente Lee Teng-hui, em 1991, e que foi interrompida pelo governante Ma Ying-jeou, em 2008, após declarar um pacto unilateral de não enfrentamento diplomático com a China.

Tsai, que adotou em 2016 uma postura de não enfrentamento com a China, mas sem ceder no tema de soberania, não lançou a campanha em seu primeiro ano de mandato, mas no entanto fez neste ano.

Em uma missão conjunta, entregue na terça-feira ao secretário-geral da ONU, António Guterres, 12 aliados diplomáticos de Taiwan advogaram para que se permita uma participação mais ativa da ilha no organismo internacional, apontou hoje a diplomacia ilhéu em um comunicado.

Concretamente, os países aliados diplomáticos da ilha pediram fim à rejeição da participação taiuanesa, já que isso vai contra o princípio de universalidade; bem como permitir a participação de taiuaneses em reuniões da ONU e que Taiwan seja reconhecido por suas conquistas ao alcançar as metas de desenvolvimento sustentável da ONU.

Os 12 países signatários da carta conjunta foram Nauru, El Salvador, Belize, Haiti, ilhas Marshall, São Vicente e as Granadinas, Suazilândia, ilhas Salomão, São Cristóvão e Névis, Tuvalu, Kiribati e Burkina Faso.

Outros três aliados de Taiwan - Nicarágua, Paraguai e Honduras - enviaram cartas individuais de apoio a Taiwan ao secretário-geral da ONU e 15 aliados falaram a favor de Taiwan na Assembleia Geral.

Taiwan tem 20 aliados diplomáticos, dos quais 11 estão na América Latina e no Caribe, e os únicos que não falaram a favor da participação taiuanesa na ONU ou enviaram cartas a respeito foram a Santa Sé, a Guatemala e a República Dominicana.