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Chanceler norte-coreano ameaça "fazer chover fogo" sobre os EUA

12/10/2017 02h48

Seul, 12 out (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, afirmou que a vontade do país asiático é "fazer chover fogo" sobre os Estados Unidos, em resposta às beligerantes palavras do presidente americano, Donald Trump, que ameaçou perante a ONU destruir Pyongyang.

O chanceler norte-coreano se pronunciou desta maneira ao receber a uma delegação da agência de notícias russa "Tass" que visitou Pyongyang, segundo informou hoje a imprensa local.

"A vontade de todo o pessoal militar e das pessoas da República Popular Democrática da Coreia (RPDC, nome oficial do país) é fazer chover fogo sobre os EUA, que falou em destruir totalmente a RPDC", disse Yong-ho.

Ele também afirmou que o programa nuclear norte-coreano é "fruto precioso da sangrenta luta do povo coreano para defender o destino e a soberania do país, diante da prolongada ameaça nuclear dos imperialistas americanos".

O chanceler norte-coreano participou da sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas, no mês passado, onde Trump, durante seu discurso, ameaçou "destruir totalmente a Coreia do Norte" por conta de seus seguidos testes de armas.

Os seguidos testes armamentísticos e a troca de provocações entre Washington e Pyongyang elevaram no último ano a tensão regional para níveis sem precedentes desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).

A visita da delegação de jornalistas da Rússia à Coreia do Norte ocorreu se produziu pouco depois que um grupo de parlamentares também russos viajasse para o país asiático.

Um deles explicou após sua visita que as autoridades norte-coreanas lhes asseguraram que preparam o próximo lançamento, como um teste, de um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) com capacidade real para alcançar a costa oeste americana.

Os especialistas especulam com que Pyongyang poderia realizar este lançamento coincidindo com o Congresso do Partido Comunista Chinês, que começa no próximo dia 18 de outubro, ou durante a visita de Trump à região, marcada para acontecer entre os dias 2 e 14 de novembro.