Problema com visto impede jornalista do Iêmen de receber prêmio nos EUA
Washington, 20 out (EFE).- A repórter iemenita Hadeel al-Yamani não poderá receber o prêmio da Fundação Internacional de Mulheres nos Meios de Comunicação (IWMF), nos Estados Unidos, por causa de problemas com a liberação do visto, informou nesta sexta-feira a instituição com sede em Washington.
A organização denunciou hoje em comunicado que o governo dos Estados Unidos não liberou o visto de Hadeel, a primeira mulher a se tornar correspondente do canal árabe "Al Jazeera" no Iêmen e uma das vencedoras do Prêmio Valentia no Jornalismo da IWMF.
De acordo com a instituição, o governo americano negou o visto da repórter no mês passado alegando que os serviços migratórios precisavam de mais tempo para analisar a documentação. Com isso, ela não poderá participar da cerimônia de entrega dos prêmios que acontecerá na semana que vem em Washington e Los Angeles.
Ela também não conseguiu estar no ato realizado na última quinta em Nova York. No evento, a jornalista americana Andrea Mitchell, outra premiada este ano, criticou a ausência da colega, que dedicou os dois últimos anos a cobrir a guerra civil do Iêmen e a crise humanitária que o conflito provocou.
"Alguém poderia me explicar qual ameaça Hadeel, que resistiu às zonas de guerra, não sucumbiu a intimidação e aos perigos e manteve a paixão em contar a história de seus compatriotas, representa às fronteiras dos Estados Unidos? Se não podemos dar um visto a Hadeel al-Yamani para vir a este país e aceitar este incrível prêmio que ela merece, o que defendemos?", questionou a âncora da rede de TV "MSNBC" na cerimônia de Nova York.
A Fundação Internacional de Mulheres nos Meios de Comunicação disse ter escrito cartas de apoio para tentar ajudar na liberação do visto, mas a permissão permanece cancelada.
O Iêmen é um dos seis países que o presidente americano, Donald Trump, incluiu repetidamente nos seus diferentes vetos migratórios, bloqueados pela Justiça.
A Fundação decidiu dar um dos Prêmios de Valentia a Hadeel, de 25 anos, para reconhecer a sua cobertura da guerra civil no Iêmen, um trabalho que inspirou outras mulheres a seguir a mesma carreira, conforme a nota publicada pelo grupo.
"O Iêmen não aceita a presença de mulheres em determinadas áreas, e até nas que aceita há limites. Os combatentes me olhavam e diziam: 'Este lugar não é para você. O seu lugar é em casa'", contou ela em entrevista dada em Istambul à IWMF.
Além de Hadeel e Andrea, foram premiadas a jornalista cazaque Saniya Toiken e a norte-americana Deborah Amos.
Em declarações à Agência Efe sobre a situação dos Estados Unidos, Deborah afirmou que o Jornalismo vive tempos "difíceis", mas argumentou que os profissionais devem "se manter firmes em seus princípios" e tratar todos os temas, inclusive os que envolvem Trump, com "imparcialidade".
A organização denunciou hoje em comunicado que o governo dos Estados Unidos não liberou o visto de Hadeel, a primeira mulher a se tornar correspondente do canal árabe "Al Jazeera" no Iêmen e uma das vencedoras do Prêmio Valentia no Jornalismo da IWMF.
De acordo com a instituição, o governo americano negou o visto da repórter no mês passado alegando que os serviços migratórios precisavam de mais tempo para analisar a documentação. Com isso, ela não poderá participar da cerimônia de entrega dos prêmios que acontecerá na semana que vem em Washington e Los Angeles.
Ela também não conseguiu estar no ato realizado na última quinta em Nova York. No evento, a jornalista americana Andrea Mitchell, outra premiada este ano, criticou a ausência da colega, que dedicou os dois últimos anos a cobrir a guerra civil do Iêmen e a crise humanitária que o conflito provocou.
"Alguém poderia me explicar qual ameaça Hadeel, que resistiu às zonas de guerra, não sucumbiu a intimidação e aos perigos e manteve a paixão em contar a história de seus compatriotas, representa às fronteiras dos Estados Unidos? Se não podemos dar um visto a Hadeel al-Yamani para vir a este país e aceitar este incrível prêmio que ela merece, o que defendemos?", questionou a âncora da rede de TV "MSNBC" na cerimônia de Nova York.
A Fundação Internacional de Mulheres nos Meios de Comunicação disse ter escrito cartas de apoio para tentar ajudar na liberação do visto, mas a permissão permanece cancelada.
O Iêmen é um dos seis países que o presidente americano, Donald Trump, incluiu repetidamente nos seus diferentes vetos migratórios, bloqueados pela Justiça.
A Fundação decidiu dar um dos Prêmios de Valentia a Hadeel, de 25 anos, para reconhecer a sua cobertura da guerra civil no Iêmen, um trabalho que inspirou outras mulheres a seguir a mesma carreira, conforme a nota publicada pelo grupo.
"O Iêmen não aceita a presença de mulheres em determinadas áreas, e até nas que aceita há limites. Os combatentes me olhavam e diziam: 'Este lugar não é para você. O seu lugar é em casa'", contou ela em entrevista dada em Istambul à IWMF.
Além de Hadeel e Andrea, foram premiadas a jornalista cazaque Saniya Toiken e a norte-americana Deborah Amos.
Em declarações à Agência Efe sobre a situação dos Estados Unidos, Deborah afirmou que o Jornalismo vive tempos "difíceis", mas argumentou que os profissionais devem "se manter firmes em seus princípios" e tratar todos os temas, inclusive os que envolvem Trump, com "imparcialidade".
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