Ksenia Sobchak diz ao Kremlin que problema da Crimeia não está encerrado
Moscou, 25 out (EFE).- A nova candidata à presidência da Rússia Ksenia Sobchak negou nesta quarta-feira em sua primeira aparição na televisão pública que o assunto da "reunificação" russa com a Crimeia esteja "fora de discussão", como afirmou o Kremlin.
"A Crimeia não foi reconhecida por nenhuma potência mundial. Nem sequer as organizações estatais russas a reconhecem. Por exemplo, na Crimeia não há filiais do Sberbank", o principal banco russo, disse Ksenia em um programa ao vivo no "Canal Um".
Ksenia, que ao anunciar ontem sua candidatura manifestou que a península é território ucraniano anexado pela Rússia, insistiu hoje que este é um assunto que precisa ser discutido.
"Disse que nós, a Rússia, violamos um acordo internacional, o Memorando de Budapeste de 1994. Esse acordo dizia que a Crimeia era ucraniana. Para mim, isso é o mais importante. Nós, como grande país que somos, não temos o direito de atuar assim com nossos vizinhos".
A candidata, que estava acompanhada no estúdio por sua mãe, a senadora Ludmila Narusova, afirmou que "a Rússia deve ser um país progressista: o importante não é anexar territórios, mas desenvolver a tecnologia".
Em seu primeiro comparecimento público desde que anunciou sua candidatura presidencial, Ksenia rejeitou ontem a anexação da Crimeia pela Rússia, ocorrida em março de 2014, uma postura que quase nenhum político russo se atreveu até agora assumir publicamente.
"Segundo o direito internacional, a Crimeia é ucraniana", afirmou a candidata na grande entrevista coletiva, na qual considerou prioritário que Rússia e Ucrânia restabeleçam boas relações a qualquer custo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, advertiu na manhã desta quarta-feira que "a filiação territorial e a soberania da Crimeia estão fora de discussão".
Peskov qualificou de "errôneas" as declarações de Ksenia, "tanto em forma como em essência", já que, "do ponto de vista do direito internacional, a Crimeia é parte inalienável da Federação Russa 'de iure e de facto'".
Ao mesmo tempo, o porta-voz se negou a comentar a possibilidade de Ksenia ser processada por essas declarações, como pediu o líder ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky.
Enquanto isso, a Comissão Eleitoral Central afirmou que "nenhuma declaração pública" é motivo para que uma candidatura à presidência seja rejeitada, a não ser que seja uma convocação ao extremismo, o que considerou que não é o caso.
O líder da oposição extraparlamentar, Alexei Navalny, que segundo o Kremlin está inelegível para se candidatar nas eleições presidenciais de março de 2018, defendeu a anexação russa da Crimeia.
"A Crimeia não foi reconhecida por nenhuma potência mundial. Nem sequer as organizações estatais russas a reconhecem. Por exemplo, na Crimeia não há filiais do Sberbank", o principal banco russo, disse Ksenia em um programa ao vivo no "Canal Um".
Ksenia, que ao anunciar ontem sua candidatura manifestou que a península é território ucraniano anexado pela Rússia, insistiu hoje que este é um assunto que precisa ser discutido.
"Disse que nós, a Rússia, violamos um acordo internacional, o Memorando de Budapeste de 1994. Esse acordo dizia que a Crimeia era ucraniana. Para mim, isso é o mais importante. Nós, como grande país que somos, não temos o direito de atuar assim com nossos vizinhos".
A candidata, que estava acompanhada no estúdio por sua mãe, a senadora Ludmila Narusova, afirmou que "a Rússia deve ser um país progressista: o importante não é anexar territórios, mas desenvolver a tecnologia".
Em seu primeiro comparecimento público desde que anunciou sua candidatura presidencial, Ksenia rejeitou ontem a anexação da Crimeia pela Rússia, ocorrida em março de 2014, uma postura que quase nenhum político russo se atreveu até agora assumir publicamente.
"Segundo o direito internacional, a Crimeia é ucraniana", afirmou a candidata na grande entrevista coletiva, na qual considerou prioritário que Rússia e Ucrânia restabeleçam boas relações a qualquer custo.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, advertiu na manhã desta quarta-feira que "a filiação territorial e a soberania da Crimeia estão fora de discussão".
Peskov qualificou de "errôneas" as declarações de Ksenia, "tanto em forma como em essência", já que, "do ponto de vista do direito internacional, a Crimeia é parte inalienável da Federação Russa 'de iure e de facto'".
Ao mesmo tempo, o porta-voz se negou a comentar a possibilidade de Ksenia ser processada por essas declarações, como pediu o líder ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky.
Enquanto isso, a Comissão Eleitoral Central afirmou que "nenhuma declaração pública" é motivo para que uma candidatura à presidência seja rejeitada, a não ser que seja uma convocação ao extremismo, o que considerou que não é o caso.
O líder da oposição extraparlamentar, Alexei Navalny, que segundo o Kremlin está inelegível para se candidatar nas eleições presidenciais de março de 2018, defendeu a anexação russa da Crimeia.
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