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Al Qaeda reivindica novos ataques contra exército malinês

26/10/2017 11h32

Nouakchott, 26 out (EFE).- O grupo jihadista Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin, filial da organização Al Qaeda no Sahel, reivindicou nesta quinta-feira dois ataques perpetrados na noite de segunda-feira contra quartéis do exército malinês na região de Segou que causaram a morte de dois militares.

Em comunicado emitido pela agência mauritana privada "Al-Akhbar", veículo de imprensa ao qual os jihadistas recorrem habitualmente para divulgar suas notas, os terroristas afirmam que o primeiro ataque aconteceu contra uma posição da Gendarmeria na localidade de Wane, e matou dois soldados.

Neste ataque, os jihadistas se apropriaram de duas motos, além de armas leves e uma quantidade indeterminada de munição.

O comunicado acrescenta que, poucas horas depois, o grupo terrorista lançou um assalto contra um quartel no povoado de Joury, na mesma região de Segou, onde também roubou armamento.

Além destes dois ataques, ontem dois militares malineses morreram em outro assalto armado perpetrado por um grupo de homens desconhecidos contra uma posição do exército na região de Mopti, situada também no centro do Mali.

Neste incidente, vários veículos pertencentes a uma empresa privada encarregada de construir uma estrada asfaltada para Timbuktu foram incendiados.

Além disso, na última terça-feira, um soldado morreu e vários ficaram feridos em ataque lançado por um grupo armado contra um posto da Gendarmeria na cidade de Tominian, situada na região de Segou.

A filial da Al Qaeda no Sahel, dirigida pelo jihadista malinês tuaregue Iyad Ag Ghaly, foi fundada em março deste ano a partir da fusão de quatro grupos jihadistas ativos na região.

A situação de insegurança e instabilidade política que abala a extensa área desértica do norte do Mali (chamada Azawad) se estendeu até o centro do país em Mopti e Segou, que se transformaram em palcos de ataques jihadistas e sequestros de civis em troca de resgates, além de conflitos étnicos.