Ocidente pede que Rússia permita medidas contra Síria por ataques químicos
Nações Unidas, 27 out (EFE).- As potências ocidentais do Conselho de Segurança da ONU exigiram nesta sexta-feira que a Rússia permita que o órgão tome medidas contra o governo da Síria, após ser confirmado que o regime de Bashar Al-Assad foi responsável pelo ataque químico ocorrido abril na cidade de Khan Sheikhoun.
Uma investigação conjunta das Nações Unidas e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) determinou que o exército sírio utilizou gás sarin e matou mais de 80 pessoas no ataque.
Após receber o relatório nesta quinta-feira, os Estados Unidos defenderam que o Conselho de Segurança "deve passar uma mensagem clara que o uso de armas químicas não será tolerado". Hoje, França e Reino Unido se uniram à iniciativa, insistindo na necessidade de tomar medidas contra os culpados.
"Agora é essencial uma resposta internacional robusta para que os responsáveis pelo ataque de Khan Sheikhoun prestem contas", disse aos jornalistas o embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft.
O diplomata lembrou que este é o quarto episódio em que os especialistas internacionais apontaram o regime sírio como responsável pelo uso de armas químicas e criticou a Rússia por ter impedido até agora com o seu poder de veto que o Conselho de Segurança imponha sanções.
Rycroft acusou Moscou de fazer "todo o possível" para defender o governo de Assad e opinou que é hora de "abandonar" essa postura.
Seu homólogo francês, François Delattre, afirmou que "a impunidade não é uma opção" e defendeu a necessidade de fazer justiça.
Delattre também defendeu com veemência o trabalho do mecanismo de investigação internacional, conhecido pela sigla em inglês JIM, ressaltando seu trabalho "rigoroso, profissional e imparcial".
"O JIM não é uma ferramenta do Ocidente, é um ativo comum da comunidade internacional", afirmou o embaixador francês, em resposta às repetidas críticas feitas pela Rússia contra o trabalho destes analistas, apesar de ter apoiado a implementação da investigação.
Nesta semana, Moscou vetou uma resolução para renovar por um ano o mandato do JIM, argumentando que antes queria conhecer as conclusões do relatório sobre Khan Sheikhoun.
As potências ocidentais, enquanto isso, acusaram os russos de tentar "politizar" a investigação, fazendo com que seu apoio dependa do resultado do relatório.
O mandato da investigação vence em meados de novembro, por isso chegaria ao seu fim em menos de um mês, caso antes disso não se chegue a um acordo.
A França e outros países, como a Suécia, insistiram hoje na importância de conseguir um consenso para permitir a continuidade do mecanismo.
Em seu último relatório, além da o governo sírio, o JIM responsabilizou o Estado Islâmico por um ataque com armas químicas. EFE
mvs/cs
Uma investigação conjunta das Nações Unidas e da Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) determinou que o exército sírio utilizou gás sarin e matou mais de 80 pessoas no ataque.
Após receber o relatório nesta quinta-feira, os Estados Unidos defenderam que o Conselho de Segurança "deve passar uma mensagem clara que o uso de armas químicas não será tolerado". Hoje, França e Reino Unido se uniram à iniciativa, insistindo na necessidade de tomar medidas contra os culpados.
"Agora é essencial uma resposta internacional robusta para que os responsáveis pelo ataque de Khan Sheikhoun prestem contas", disse aos jornalistas o embaixador britânico na ONU, Matthew Rycroft.
O diplomata lembrou que este é o quarto episódio em que os especialistas internacionais apontaram o regime sírio como responsável pelo uso de armas químicas e criticou a Rússia por ter impedido até agora com o seu poder de veto que o Conselho de Segurança imponha sanções.
Rycroft acusou Moscou de fazer "todo o possível" para defender o governo de Assad e opinou que é hora de "abandonar" essa postura.
Seu homólogo francês, François Delattre, afirmou que "a impunidade não é uma opção" e defendeu a necessidade de fazer justiça.
Delattre também defendeu com veemência o trabalho do mecanismo de investigação internacional, conhecido pela sigla em inglês JIM, ressaltando seu trabalho "rigoroso, profissional e imparcial".
"O JIM não é uma ferramenta do Ocidente, é um ativo comum da comunidade internacional", afirmou o embaixador francês, em resposta às repetidas críticas feitas pela Rússia contra o trabalho destes analistas, apesar de ter apoiado a implementação da investigação.
Nesta semana, Moscou vetou uma resolução para renovar por um ano o mandato do JIM, argumentando que antes queria conhecer as conclusões do relatório sobre Khan Sheikhoun.
As potências ocidentais, enquanto isso, acusaram os russos de tentar "politizar" a investigação, fazendo com que seu apoio dependa do resultado do relatório.
O mandato da investigação vence em meados de novembro, por isso chegaria ao seu fim em menos de um mês, caso antes disso não se chegue a um acordo.
A França e outros países, como a Suécia, insistiram hoje na importância de conseguir um consenso para permitir a continuidade do mecanismo.
Em seu último relatório, além da o governo sírio, o JIM responsabilizou o Estado Islâmico por um ataque com armas químicas. EFE
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