Presidente do Panamá critica decisão judicial e pede apoio contra a corrupção
Numa breve pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, Varela enfatizou que as investigações realizadas pelo Ministério Público (MP-promotoria) "devem continuar com o apoio de todos os panamenhos", pois "a luta contra a corrupção não pode ser interrompida".
"Os interesses estrangeiros ao Estado não devem desviar a ação da Justiça que o povo panamenho exige. Pela nossa parte, seguiremos com a luta frontal contra a corrupção e trabalhando pela transparência e a prestação de contas", afirmou.
O pronunciamento de Varela ocorre um dia depois que uma juíza rejeitou a prorrogação solicitada pela promotoria anticorrupção para seguir investigando um caso de suposta lavagem de dinheiro envolvendo a Odebrecht.
Este fato fez com que a procuradora-geral, Kenia Porcell, acusou o órgão judicial de provocar a "impunidade".
A investigação envolvendo a Odebrecht, que foi negada uma nova prorrogação, iniciou com uma denúncia apresentada pelo ex-controlador panamenho Alvin Weeden, em setembro de 2015.
Weeden pediu para investigar se a Odebrecht cometeu um crime contra a ordem econômica em detrimento do Estado panamenho, já que uma empresa supostamente vinculada à construtora brasileira utilizou o sistema financeiro do país para realizar operações suspeitas de lavagem de dinheiro para entregar propinas a altos executivos da Petrobras.