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Bombardeios da Rússia já mataram 14.436 pessoas na Síria, segundo ONG

30/10/2017 13h49

Beirute, 30 out (EFE).- No mínimo 14.436 pessoas morreram na Síria por causa dos bombardeios da aviação da Rússia, aliada do governo de Damasco, que iniciou as operações no país árabe no dia 30 de setembro de 2015, segundo a investigação divulgada nesta segunda-feira pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Dessas vítimas, pelo menos 5.963 eram civis, das quais 1.449 eram menores de idade e 883 mulheres. Os ataques aéreos russos também causaram a morte de ao menos 4.461 integrantes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) e de 4.012 combatentes de facções islâmicas, entre elas a Organização de Libertação do Levante, aliança do ex-braço sírio da Al-Qaeda.

O Observatório lembrou que, desde o começo dos bombardeios russos, as forças governamentais sírias avançaram no terreno e agora controlam 52% do território, fatia bem maior que os 22% que dominavam no final de 2015.

A ONG lembrou que a aviação russa utilizou bombas de fragmentação carregadas com uma substância composta de pó de alumínio e óxido de ferro que provoca graves queimaduras porque sua combustão dura cerca de três segundos após o lançamento.

Tanto Moscou como Damasco afirmam que os alvos dos bombardeios são as organizações terroristas, mas o Observatório e opositores asseguram que os aviões russos também miram áreas residenciais e bases de brigadas opositoras, como o Exército Livre Sírio (ELS).