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Puigdemont passou pela França antes de chegar à Bélgica

30/10/2017 13h37

Madri, 30 out (EFE).- O ex-presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, passou por Marselha, na França, antes de chegar a Bruxelas, na Bélgica, junto com cinco ex-conselheiros do seu gabinete, que, como ele, foram destituídos na sexta-feira passada por um decreto do Executivo espanhol para restabelecer a legalidade após a declaração de independência dessa região.

Puigdemont e os ex-membros do seu Executivo se dirigiram em carro da Catalunha para Marselha e, uma vez nesta cidade do sul da França, tomaram um voo com destino a Bruxelas.

Os cinco antigos conselheiros que viajaram com Puigdemont a Bruxelas são os que ocupavam as pastas de Governo, Meritxell Borràs; Saúde, Antoni Comín; Interior, Joaquim Forn; Trabalho e Assuntos Sociais, Dolors Bassa: e Agricultura, Pecuária, Pesca e Alimentação, Meritxell Serret.

Embora nenhuma fonte tenha confirmado que a intenção de Puigdemont e dos ex-conselheiros seja solicitar asilo político na Bélgica, o cantor e até poucos dias atrás deputado no parlamento regional, Lluís Llach, deu como certo que eles se exilarão.

O último pronunciamento à imprensa de Puigdemont aconteceu no sábado quando, em mensagem gravada, pediu uma "oposição democrática" ao decreto do governo de Mariano Rajoy

Na mesma hora em esta declaração gravada era transmitida, o ex-presidente catalão comia em um restaurante de Girona, segundo imagens mostradas por emissoras de TV espanholas.

Fontes do Executivo confirmaram à presença de Puigdemont em Bruxelas, mas não explicaram qual é o objetivo desta viagem.

O secretário de Estado de Migração e Asilo belga, Theo Francken, do partido independentista flamengo N-VA, sugeriu neste final de semana em sua conta do Twitter que Puigdemont poderia solicitar "asilo político" na Bélgica, mas o primeiro-ministro belga, Charles Michel, tomou distância pouco depois: "Peço a Theo Francken que não jogue lenha no fogo".

A viagem de Puigdemont a Bruxelas foi confirmada menos de uma hora depois de o procurador-geral da Espanha, José Manuel Maza, anunciar uma denúncia por rebelião, insurreição e desvio contra ele e o resto do governo regional, assim como outra denúncia contra a mesa do parlamento autônomo.