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Israel não se posiciona sobre Catalunha antes de visita de Rivlin à Espanha

31/10/2017 15h57

Madri, 31 out (EFE).- Faltando seis dias para a visita do presidente de Israel, Reuven Rivlin, à Espanha, o governo israelense ainda não se pronunciou sobre a crise gerada após a declaração unilateral de independência da Catalunha para não se intrometer em um "assunto interno espanhol", explicou o embaixador israelense na Espanha, Daniel Kutner.

Em um encontro informativo sobre a visita de Estado à Espanha do presidente Rivlin, que começará na próxima segunda-feira, Kutner respondeu assim a uma pergunta sobre por que Israel não se juntou aos países que rejeitam expressamente a independência da Catalunha e mostram seu apoio à unidade da Espanha.

"Não queremos nos meter no que está acontecendo", quis deixar claro o representante diplomático israelense, após detalhar que a amizade de Israel com a Espanha é "com todos os espanhóis em todo o território", e reiterou que seu país "sempre teve uma relação muito boa com a Catalunha", assim como "com outras áreas da Espanha".

Na Catalunha "temos muitos amigos; e muitos estão deste lado, daquele lado...", mas o que ocorre atualmente "são assuntos que os espanhóis têm que resolver" e "não nos intrometermos", insistiu o embaixador.

Além disso, Kutner descartou que a ausência de uma declaração israelense em apoio da unidade da Espanha possa afetar negativamente a visita de Estado de Rivlin, pois a relação bilateral está fundamentada em "bases sólidas", e lembrou que nenhum dos países vizinhos de Israel se pronunciou sobre a Catalunha.

Após a declaração unilateral de independência aprovada na sexta-feira pelo parlamento catalão, os principais países do mundo - entre eles Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e França - e instituições de prestígio como a União Europeia, as Nações Unidas e a Otan expressaram sua rejeição à independência da Catalunha e mostraram seu apoio à unidade da Espanha.