Nigéria indenizará vítimas da guerra de Biafra 47 anos depois
Abuja, 31 out (EFE).- A Nigéria concordou nesta terça-feira pagar cerca de US$ 245 milhões às vítimas da guerra civil no país entre 1967 e 1970 com as províncias separatistas de Biafra (sudeste), acatando uma ordem da Corte de Justiça da Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental (ECOWAS).
O acordo é mais um passo na reconciliação com a região sudeste e chega 47 anos depois do final do conflito.
A ordem do Tribunal, que obriga não só a indenizar as vítimas, mas também a limpar a zona de minas e outros explosivos, foi emitida nesta segunda-feira em Abuja após um acordo amigável entre as partes, segundo indicou o órgão judicial.
O processo começou em 2012, graças a denúncias de vítimas que tinham sofrido ferimentos ou que tiveram suas terras destruídas.
Os termos do pacto estabelecem que US$ 152 milhões serão destinados às vítimas, enquanto os US$ 93 milhões restantes irão para a limpeza de explosivos e a reabilitação de escolas e igrejas, entre outros.
Onze regiões da área sul e sudeste da Nigéria e o estado de Benue (centro) se beneficiarão das indenizações, de acordo com os documentos do Tribunal.
A região do país que fala igbo se autodeclarou República de Biafra em 1967, mas o governo nigeriano se opôs e o conflito se tornou uma guerra civil na qual morreram pelo menos um milhão de pessoas.
O fantasma da guerra de Biafra sobrevive na região, onde ainda há correntes separatistas que frequentemente entram em confronto com as forças de segurança.
O IPOB (Povos Indígenas de Biafra, na sigla em inglês), liderado por Nnamdi Kanu, é o grupo mais ativo.
No mês passado, partidários do IPOB e o exército nigeriano se enfrentaram na área sudeste por causa de um esquema de segurança interno e, segundo relatos de testemunhas, integrantes da organização foram baleados pelas tropas e há vários desaparecidos. EFE
po/cs
O acordo é mais um passo na reconciliação com a região sudeste e chega 47 anos depois do final do conflito.
A ordem do Tribunal, que obriga não só a indenizar as vítimas, mas também a limpar a zona de minas e outros explosivos, foi emitida nesta segunda-feira em Abuja após um acordo amigável entre as partes, segundo indicou o órgão judicial.
O processo começou em 2012, graças a denúncias de vítimas que tinham sofrido ferimentos ou que tiveram suas terras destruídas.
Os termos do pacto estabelecem que US$ 152 milhões serão destinados às vítimas, enquanto os US$ 93 milhões restantes irão para a limpeza de explosivos e a reabilitação de escolas e igrejas, entre outros.
Onze regiões da área sul e sudeste da Nigéria e o estado de Benue (centro) se beneficiarão das indenizações, de acordo com os documentos do Tribunal.
A região do país que fala igbo se autodeclarou República de Biafra em 1967, mas o governo nigeriano se opôs e o conflito se tornou uma guerra civil na qual morreram pelo menos um milhão de pessoas.
O fantasma da guerra de Biafra sobrevive na região, onde ainda há correntes separatistas que frequentemente entram em confronto com as forças de segurança.
O IPOB (Povos Indígenas de Biafra, na sigla em inglês), liderado por Nnamdi Kanu, é o grupo mais ativo.
No mês passado, partidários do IPOB e o exército nigeriano se enfrentaram na área sudeste por causa de um esquema de segurança interno e, segundo relatos de testemunhas, integrantes da organização foram baleados pelas tropas e há vários desaparecidos. EFE
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