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Autor de atentado contra museu judaico de Bruxelas é indiciado na França

15/11/2017 10h17

Paris, 15 nov (EFE).- O suposto autor do atentado contra o museu judaico de Bruxelas em 2014, Mehdi Nemmouche, foi indiciado nesta quarta-feira por terrorismo em Paris pelos juízes que investigam o sequestro de quatro jornalistas franceses durante dez meses na Síria.

Nemmouche, que se negou a responder nesta manhã às perguntas de um magistrado relator na capital francesa, para onde tinha sido transferido da Bélgica, onde se encontra em detenção provisória, foi acusado de "sequestro terrorista", explicou seu advogado, Francis Vuillemin, aos meios de comunicação.

Vuillemin contou que, antes do seu comparecimento perante o juiz, tinha conversado com seu cliente durante meia hora.

O indiciamento está relacionado com a captura na Síria de Didier François, Edouard Elias, Nicolas Hénin e Pierre Torres, que permaneceram retidos ali, nas mãos de jihadistas, entre junho de 2013 e abril de 2014.

Após ser detido em Marselha, no sudeste da França, em um controle policial pouco dias depois do ataque ao museu judaico de Bruxelas, Nemmouche, francês de origem argelina de 32 anos, foi identificado pelos jornalistas como um dos seus carcereiros, que dizia se chamar Abu Omar.

Segundo seus testemunhos, o reconheceram, entre outras coisas, pela voz (cantava música de Charles Aznavour); e assinalaram que era um dos mais duros dos que se encarregavam da sua vigilância em Aleppo, com ameaças e métodos de tortura.

O suposto terrorista chegou nesta mesma manhã ao Palácio de Justiça de Paris em um comboio de três furgões fortemente protegidos pelo corpo de elite da polícia, e deve voltar hoje mesmo à prisão belga.

Ali está à espera do julgamento pelo atentado de Bruxelas, matou quatro pessoas em 2014, e que poderia ser realizado no início de 2018.