Topo

Presidente do Irã acusa corrupção por queda de prédios durante terremoto

Prédios destruídos pelo terremoto que atingiu Sarpol-e Zahab, na província de Kermanshar, no Irã - Atta Kenare/ AFP
Prédios destruídos pelo terremoto que atingiu Sarpol-e Zahab, na província de Kermanshar, no Irã Imagem: Atta Kenare/ AFP

Em Teerã

15/11/2017 11h00

O presidente do Irã, Hassan Hassan Rowhani, disse nesta quarta-feira (15) que houve corrupção na construção de imóveis sociais no país, o que ficou comprovado com a derrubada de várias unidades, como consequência do violento terremoto do último domingo, que atingiu a província de Kermanshah.

"As casas que as pessoas ergueram por conta própria, permanecem intactas em Sarpul Zahab, enquanto aquelas construídas pelo Governo estão destruídas", disse o chefe de Estado, durante reunião para debater a tragédia, que provocou 530 mortes e deixou mais de 7.800 feridos.

Rowhani se referiu, especificamente, ao projeto Mehr, lançado em 2007 pelo sucessor, Mahmoud Ahmadinejad, apontando que "houve corrupção na construção".

Terremoto provoca mortes na fronteira entre Irã e Iraque

UOL Notícias

O atual presidente, à época, já havia sido oposição a iniciativa, envolta em polêmicas pelas infraestruturas inadequadas, e também pela realização mediante empréstimos concedidos pelo Banco Central do Irã.

De acordo com a agência de notícias Efe, em Sarpul Zahab, localidade mais afetada pelo terremoto de magnitude 7,3  na escala Richter, os imóveis sociais do projeto Mehr ficaram em ruínas, enquanto outros estão de pé.

Durante a reunião da cúpula do governo, em Teerã, Rowhani, apontou para a necessidade de reconstruir cerca de 30 mil casas na província de Kermanshah, de população curda.

"Todos deveriam ajudar neste sentido, mas o principal responsável por dar casas temporária ou permanentes às vítimas do terremoto é a Fundação da Casa", disse o presidente, se referindo ao órgão nacional de habitação.

O governo iraniano definiu nesta quarta-feira a disponibilização de US$ 230 milhões (R$ 887,3 milhões), para empréstimos a baixos juros, com objetivo de reconstruir as unidades residenciais destruídas ou danificadas.