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Ex-premiê do Líbano aceita oferta de Emmanuel Macron de viajar para a França

16/11/2017 07h30

Riad, 16 nov (EFE).- O ex-primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, que anunciou sua renúncia no último dia 4, aceitou a oferta do presidente da França, Emmanuel Macron, de deixar a Arábia Saudita e viajar para Paris, segundo anúncio feito nesta quinta-feira pelo ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian.

Em breves declarações a jornalistas na capital saudita, Le Drian não disse a data da viagem do primeiro-ministro demissionário libanês a Paris.

Le Drian chegou ontem à noite a Riad para conversar com Hariri e com as autoridades do reino saudita sobre a situação do ex-premiê, depois que o presidente do Líbano, Michel Aoun, acusou Riad de mantê-lo "detido".

Em sua chegada a Riad, Le Drian foi recebido pelo príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, e vários ministros sauditas, e hoje tinha previsto se reunir com o rei Salman bin Abdelaziz.

Macron fez um convite a Hariri e a sua família para viajar para a França, embora em declarações feitas ontem na Cúpula do Clima de Bonn (COP23), esclareceu que "de modo algum" se trata de uma oferta de exílio.

Antes de desta oferta ser feita, o ex-chefe de Governo libanês reiterou que voltará a seu país muito em breve e lembrou que se refugiou na Arábia Saudita por motivos de segurança, pois teme por um possível atentado contra sua pessoa, como o que matou em 2005 seu pai, o então primeiro-ministro Rafik Hariri.

Hariri apresentou sua renúncia, de surpresa, no dia 4 de novembro em uma viagem imprevista à Arábia Saudita, fazendo uma declaração à televisão saudita "Al Arabiya".

A renúncia de Hariri abriu uma crise política no Líbano e na região, porque sua renúncia também foi motivada pelas "ingerências" do Irã na região e no seu país, por meio do grupo xiita Hezbollah. EFE

sa/ma