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La Niña virá fraca em países da América do Sul entre novembro e janeiro

23/11/2017 15h58

Santiago (Chile), 23 nov (EFE). - Organismos internacionais alertaram nesta quinta-feira que existem grandes chances de o fenômeno La Niña se desenvolver na América do Sul entre este novembro e janeiro de 2018, por causa do esfriamento da parte Equatorial Central do Oceano Pacífico.

Especialistas de Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela participaram esta semana do 17º Fórum de Perspectivas Climáticas para o Oeste da América do Sul, em Santiago, para revisar as projeções meteorológicas e avaliar os efeitos da mudança climática. Eles concluíram que a parte Equatorial Central do Oceano Pacífico experimenta, há alguns meses, condições "ligeiramente mais frias", que sugerem o desenvolvimento do La Niña mais "fraco e de curta duração". Por esta razão, recomendaram que "se considere que historicamente os eventos do La Niña geram impactos diferentes em cada país", tanto em temporalidade quanto em magnitude e pediram para que a população acompanhe as informações através dos organismos nacionais sobre os possíveis impactos no clima em cada lugar.

De acordo com as previsões de 600 estações meteorológicas de seis países da região, espera-se que o fenômeno se manifeste nos próximos três meses, com chuvas acima do normal em grande parte da região sul da Venezuela e no centro-sul e centro-norte das regiões caribenha e andina da Colômbia. O evento, no entanto, será notado de maneira mais normal no centro e no sul da região amazônica, na Península de La Guajira, entre outras regiões da Colômbia, do Equador, da Bolívia, e na região entre O'Higgins e Biobío, no Chile. La Niña se manifestará abaixo do normal no centro-sul da região andina da Colômbia, no extremo sul de Potosí, na Bolívia, e na província de Arauco até a região de Magallanes, no Chile, entre outras.

Entre terça-feira e hoje, a Organização Meteorológica Mundial e o Centro Internacional para Pesquisa do Fenômeno de La Niña se reuniram, com num encontro organizado pelo Escritório Meteorológico do Chile. O Fórum também teve a participação de especialistas em clima dos Serviços Meteorológicos Nacionais da Bolívia (SENAMHI), do Chile (DMC), da Colômbia (IDEAM), do Equador (INAMHI), do Peru (SENAMHI), da Venezuela (INAMEH), e da Colômbia (CIAT).