Oposição síria concorda em negociar com regime de Assad sem condições prévias
Riad, 23 nov (EFE).- A oposição da Síria reunida em Riad, na Arábia Saudita, chegou a um consenso nesta quinta-feira para iniciar negociações com o governo do presidente Bashar al Assad, "sem nenhuma condição prévia", mas insistiu que o líder deveria deixar o poder durante a transição após o fim hipotético do conflito armado.
Os presentes na conferência na capital saudita aprovaram nesta quinta-feira o comunicado final do encontro, que começou ontem e que deve terminar amanhã, e o chamaram de "Documento de Riad".
O texto, divulgado pela principal aliança política opositora, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), estipula que "não há lugar para Assad e seu círculo", nem para seu "sistema de repressão e despotismo", no país no pós-guerra.
O documento ressalta a necessidade de manter "condições mínimas" nas negociações, que seriam estabelecidas pelos "sacrifícios do povo sírio" e pelo que foi estipulado na reunião de Genebra 1, em junho de 2012, com relação à criação de um governo interino que lidere a fase de transição para a democracia.
Este processo político tem como objetivo "empoderar o povo sírio" para que este possa escolher seus dirigentes em "eleições imparciais sob a supervisão das Nações Unidas", acrescentaram os opositores na nota.
Além disso, os líderes e representantes escolhidos serão os únicos que poderão dispor de armas, segundo os grupos opositores, que exigiram a reforma dos corpos de segurança e do exército.
No texto, a oposição afirmou que sua meta é "unificar as forças da revolução e a oposição em torno de uma visão comum sobre uma solução política" baseada no Comunicado de Genebra e nas resoluções do Conselho de Segurança 2118 e 2254.
Além disso, os líderes opositores destacaram que a Síria será um Estado democrático, baseado na descentralização administrativa e rico em diversidade religiosa e em nações, e que respeitará os direitos humanos e todos os tratados internacionais nesse sentido.
Por outro lado, os opositores asseguraram que Bashar al Assad e outros integrantes do governo cometeram "crimes de guerra" contra o povo sírio, por isso é necessário que todos eles sejam levados ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
As forças opositoras também rejeitaram "as intervenções regionais e internacionais (na Síria), especialmente o papel do Irã na desestabilização da região e na (promoção da) mudança demográfica do país".
Cerca de 140 representantes de facções opositoras, personalidades independentes, grupos políticos e membros da CNFROS - todos eles integrantes da Comissão Suprema para as Negociações (CSN), a mais importante aliança da oposição - vêm mantendo reuniões desde ontem em Riad.
A CSN representou os opositores em rodadas anteriores das negociações em Genebra, promovidas pela ONU e que deveriam ser retomadas em 28 de novembro.
Apesar da oposição síria ter se mostrado disposta a conversar com o governo de Assad sem condições prévias, a assessora presidencial da Síria, Buzaina Shaaban, exigiu hoje que as facções deponham suas armas antes de iniciar um diálogo, em entrevista à agência russa "Sputnik", veiculada por veículos de imprensa sírios.
Não obstante, Shaaban se referia à conferência proposta pela Rússia entre as partes sírias na cidade de Sochi, cuja data ainda não foi estabelecida, e não mencionou as negociações em Genebra.
Os presentes na conferência na capital saudita aprovaram nesta quinta-feira o comunicado final do encontro, que começou ontem e que deve terminar amanhã, e o chamaram de "Documento de Riad".
O texto, divulgado pela principal aliança política opositora, a Coalizão Nacional Síria (CNFROS), estipula que "não há lugar para Assad e seu círculo", nem para seu "sistema de repressão e despotismo", no país no pós-guerra.
O documento ressalta a necessidade de manter "condições mínimas" nas negociações, que seriam estabelecidas pelos "sacrifícios do povo sírio" e pelo que foi estipulado na reunião de Genebra 1, em junho de 2012, com relação à criação de um governo interino que lidere a fase de transição para a democracia.
Este processo político tem como objetivo "empoderar o povo sírio" para que este possa escolher seus dirigentes em "eleições imparciais sob a supervisão das Nações Unidas", acrescentaram os opositores na nota.
Além disso, os líderes e representantes escolhidos serão os únicos que poderão dispor de armas, segundo os grupos opositores, que exigiram a reforma dos corpos de segurança e do exército.
No texto, a oposição afirmou que sua meta é "unificar as forças da revolução e a oposição em torno de uma visão comum sobre uma solução política" baseada no Comunicado de Genebra e nas resoluções do Conselho de Segurança 2118 e 2254.
Além disso, os líderes opositores destacaram que a Síria será um Estado democrático, baseado na descentralização administrativa e rico em diversidade religiosa e em nações, e que respeitará os direitos humanos e todos os tratados internacionais nesse sentido.
Por outro lado, os opositores asseguraram que Bashar al Assad e outros integrantes do governo cometeram "crimes de guerra" contra o povo sírio, por isso é necessário que todos eles sejam levados ao Tribunal Penal Internacional (TPI).
As forças opositoras também rejeitaram "as intervenções regionais e internacionais (na Síria), especialmente o papel do Irã na desestabilização da região e na (promoção da) mudança demográfica do país".
Cerca de 140 representantes de facções opositoras, personalidades independentes, grupos políticos e membros da CNFROS - todos eles integrantes da Comissão Suprema para as Negociações (CSN), a mais importante aliança da oposição - vêm mantendo reuniões desde ontem em Riad.
A CSN representou os opositores em rodadas anteriores das negociações em Genebra, promovidas pela ONU e que deveriam ser retomadas em 28 de novembro.
Apesar da oposição síria ter se mostrado disposta a conversar com o governo de Assad sem condições prévias, a assessora presidencial da Síria, Buzaina Shaaban, exigiu hoje que as facções deponham suas armas antes de iniciar um diálogo, em entrevista à agência russa "Sputnik", veiculada por veículos de imprensa sírios.
Não obstante, Shaaban se referia à conferência proposta pela Rússia entre as partes sírias na cidade de Sochi, cuja data ainda não foi estabelecida, e não mencionou as negociações em Genebra.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.