Mugabe e família terão imunidade e não deixarão o Zimbábue, diz mídia local
O ex-presidente Robert Mugabe terá imunidade e pensa em permanecer no Zimbábue, de acordo com informações do jornal local "NewsDay", publicadas nesta sexta-feira (24), após consultar fontes políticas, que asseguraram também que o acordo alcançado inclui garantias de segurança jurídica para sua esposa, Grace Mugabe.
Além disso, não serão tomadas ações, segundo as fontes, contra os negócios do antigo líder, de 93 anos, que ficou no poder do Zimbábue durante 37 anos.
Pelo contrário, o futuro é incerto para os ministros e aliados políticos de Grace Mugabe (grupo conhecido como G40) que já foram detidos, como o da Educação, Jonathan Moyo.
A influência dos supostos "criminosos", como se referiam os comandantes da Forças Armadas sobre as pessoas que estavam em torno do ex-presidente nos dias da crise, prejudicou a economia e o bem-estar do país.
Isso foi apresentado como os principais motivos do golpe militar contra o governo na semana passada e a destituição de Mugabe como líder do seu próprio partido, a União Nacional Africana de Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF).
A garantia de imunidade poderia descartar que o ex-presidente opte por se exilar do país com sua esposa, algo que havia sido especulado nos últimos dias, com destinos possíveis que iam desde a vizinha África do Sul até Cingapura.
Seu sucessor no poder, o ex-vice-presidente Emmerson Mnangagwa, fará o juramento hoje como presidente provisório do Zimbábue em uma grande cerimônia num estádio da capital, Harare.
Este será a primeira mudança real de liderança no país desde a sua independência, em 1980.
Não se sabe se Mugabe participará da cerimônia, mas existe a previsão da presença de representantes de outros países, além de organizações internacionais.
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