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Sobe para 235 o número de mortos em atentado à mesquita no Egito

24/11/2017 13h46

(Atualiza o número de vítimas e acrescenta informações).

Cairo, 24 nov (EFE).- O número de mortos no atentado terrorista contra uma mesquita sufista no norte da Península do Sinai, no Egito, subiu para 235, enquanto 109 pessoas ficaram feridas, informou nesta sexta-feira a emissora de televisão oficial do Egito.

Uma fonte do serviço de segurança do país árabe explicou para a Agência Efe que os terroristas instalaram artefatos explosivos de fabricação caseira ao redor da mesquita Al Rauda em Bear al Abd, a oeste da cidade de Al Arish, capital da província de Sinai do Norte, que foram detonados quando os fiéis deixavam o templo após a tradicional oração de sexta-feira, o dia sagrado para os muçulmanos.

Após as explosões, os terroristas atiraram indiscriminadamente contra as pessoas que tentavam escapar, um ataque que já está sendo considerado como um dos mais mortais na história recente do Egito, segundo a fonte.

As ambulâncias chegaram rapidamente ao local, de acordo com a fonte, enquanto as forças de segurança egípcias estão à procura dos terroristas.

Além disso, a fonte indicou que as primeiras ambulâncias que chegaram ao local do atentado também foram alvejadas pelos terroristas, mas não ofereceu mais detalhes a respeito.

O Ministério de Saúde do Egito elevou o nível de alerta no serviço de ambulâncias e em todos os hospitais da província, segundo a agência "Mena".

Os feridos foram transferidos para diferentes hospitais em Al Arish e outros para o Hospital Instituto Nasser, no Cairo, segundo a fonte de segurança.

Em comunicado, a Procuradoria Geral do Egito disse que determinou que as procuradorias de Segurança do Estado e de Ismailiya, no norte do país, abram investigações urgentes para esclarecer o ataque.

A Procuradoria Geral também determinou a retirada dos corpos e que os mesmos sejam levados para o centro médico mais próximo, segundo a emissora de televisão egípcia.

O presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, está reunido com o Conselho de Defesa Nacional por causa do atentado em Al Rauda, informou a fonte de segurança.

A presidência egípcia declarou três dias de luto nacional pelas vítimas do ataque na mesquita sufista, cuja autoria ainda não foi reivindicada por nenhum grupo extremista.

Na província do Norte do Sinai, onde o estado de emergência está vigente desde 2014, opera o braço egípcio do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), chamado Wilayat Sina, que assumiu responsabilidade pela maior parte dos atentados ocorridos no país nos últimos anos. EFE

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