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Menor dinamarquesa que planejou atentados é condenada a oito anos de prisão

27/11/2017 12h24

Copenhague, 27 nov (EFE).- A Audiência Nacional da Dinamarca condenou uma dinamarquesa de 17 anos convertida ao Islã a oito anos de prisão nesta segunda-feira por preparar um atentado contra uma escola de judeus e seu antigo centro educativo.

A sentença representa um aumento de dois anos na pena ditada em maio por um tribunal de primeira instância contra a jovem, a primeira mulher dinamarquesa condenada por um crime de terrorismo e considerada culpada por agredir com um pedaço de vidro um pedagogo durante sua estadia em um centro para menores.

A Audiência levou em conta a idade da jovem ao ser detida (15 anos), sua imaturidade e a falta de antecedentes para desprezar o pedido da promotoria, que, apoiada em um sentença do Conselho de Medicina Legista, reivindicava custódia, uma pena prorrogável de forma indefinida que poderia equivaler a uma prisão perpétua.

A defesa da jovem sustentou, no entanto, que ela só buscava chamar a atenção, que tinha tido uma infância cheia de problemas e que, na realidade, não pretendia realizar os seus planos.

Entre as provas apresentadas figuram recibos de compra das substâncias para fabricar o explosivo TATP, notas manuscritas, buscas na internet sobre como fazer bombas e sobre a escola de judeus de Carolina em Copenhague, correspondência sobre o ataque e conversas com um ex-aluno e um ex-professor de seu antigo centro educativo.

A jovem pretendia explodir uma bomba durante uma festa nesse centro em 8 de janeiro de 2016, mas não conseguiu fabricar o explosivo a tempo, por isso que mudou de alvo.

Os seus planos foram abortados ao ser detida cinco dias depois na sua casa em Kundby, ao oeste de Copenhague.

Sua família fez um alerta à polícia ao encontrar várias substâncias químicas em casa.