Xenofobia e narcisismo influenciaram voto a favor do "Brexit", segundo estudo
Genebra, 27 nov (EFE).- A xenofobia e o narcisismo foram dois elementos que exerceram um papel-chave naqueles eleitores que apoiaram o "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), segundo um estudo da revista científica "Frontiers in Psycology" publicado nesta segunda-feira.
Em 27 de junho de 2016, quase 52% dos cidadãos que votaram no referendo sobre se o Reino Unido deveria deixar a UE se decidiram pelo "sim", em um resultado considerado inesperado.
Um grupo de cientistas da "Frontiers in Psycology" decidiu investigar as causas desse comportamento e chegaram à conclusão que muitos dos que votaram "sim" fizeram-no levados por um sentimento de xenofobia e por um alto grau de narcisismo.
Segundo as evidências com as quais contam os especialistas, muitos dos que apoiaram o "Brexit" estavam de acordo com a premissa que os imigrantes ameaçam seus valores e o estilo de vida britânico.
Este sentimento xenofóbo se propagou sem levar em conta o gênero, a idade ou a educação do votante.
Dirigido por Agnieszka Golec de Zavala, da Universidade de Londres, os cientistas identificaram três grupos de pessoas que pensavam que os imigrantes ameaçavam o Reino Unido: os autoritários, aqueles que querem dominar e os narcisistas coletivos.
Os primeiros, os autoritários, têm medo que outros grupos prejudiquem seu status quo tradicional; os que querem dominar pretendem ultrapassar socialmente os imigrantes; e os terceiros são os narcisistas, que acham que o Reino Unido é tão importante que tem o direito a ter um tratamento privilegiado e se queixam que os outros países não o reconheçam da mesma forma.
"No caso do 'Brexit', de (Donald) Trump, do apoio a Vladimir Putin na Rússia ou aos ultranacionalistas na Polônia, os estudos mostram que o narcisismo coletivo sistematicamente tende a ser prejudicial, agressivo e com uma tendência a interpretar comportamentos inocentes como uma provocação ao grupo nacional", destacou Golec, citada em comunicado.
No entanto, os pesquisadores ressaltam que, como o estudo foi realizado depois do referendo do "Brexit", pode ser que o voto a favor tenha aumentado a xenofobia generalizada.
"Da pesquisa se desprende que o voto esteve associado com o preconceito, mas esta relação pode ter se reforçado pelo resultado do referendo porque as pessoas se sentiram mais livres para expressar suas atitudes xenófobas", conclui o texto.
Em 27 de junho de 2016, quase 52% dos cidadãos que votaram no referendo sobre se o Reino Unido deveria deixar a UE se decidiram pelo "sim", em um resultado considerado inesperado.
Um grupo de cientistas da "Frontiers in Psycology" decidiu investigar as causas desse comportamento e chegaram à conclusão que muitos dos que votaram "sim" fizeram-no levados por um sentimento de xenofobia e por um alto grau de narcisismo.
Segundo as evidências com as quais contam os especialistas, muitos dos que apoiaram o "Brexit" estavam de acordo com a premissa que os imigrantes ameaçam seus valores e o estilo de vida britânico.
Este sentimento xenofóbo se propagou sem levar em conta o gênero, a idade ou a educação do votante.
Dirigido por Agnieszka Golec de Zavala, da Universidade de Londres, os cientistas identificaram três grupos de pessoas que pensavam que os imigrantes ameaçavam o Reino Unido: os autoritários, aqueles que querem dominar e os narcisistas coletivos.
Os primeiros, os autoritários, têm medo que outros grupos prejudiquem seu status quo tradicional; os que querem dominar pretendem ultrapassar socialmente os imigrantes; e os terceiros são os narcisistas, que acham que o Reino Unido é tão importante que tem o direito a ter um tratamento privilegiado e se queixam que os outros países não o reconheçam da mesma forma.
"No caso do 'Brexit', de (Donald) Trump, do apoio a Vladimir Putin na Rússia ou aos ultranacionalistas na Polônia, os estudos mostram que o narcisismo coletivo sistematicamente tende a ser prejudicial, agressivo e com uma tendência a interpretar comportamentos inocentes como uma provocação ao grupo nacional", destacou Golec, citada em comunicado.
No entanto, os pesquisadores ressaltam que, como o estudo foi realizado depois do referendo do "Brexit", pode ser que o voto a favor tenha aumentado a xenofobia generalizada.
"Da pesquisa se desprende que o voto esteve associado com o preconceito, mas esta relação pode ter se reforçado pelo resultado do referendo porque as pessoas se sentiram mais livres para expressar suas atitudes xenófobas", conclui o texto.
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