Papa pede que Mianmar respeite todos os grupos étnicos, sem excluir ninguém
Naipyidó, 28 nov (EFE).- O papa Francisco pediu nesta terça-feira às autoridades birmanesas que respeitem todos grupos étnicos, sem excluir ninguém, como base para a paz, e lhes indicou que as religiões não podem ser fonte de divisão.
Perante o presidente birmanês, Htin Kyaw, e a vencedora do Prêmio Nobel da Paz e chefe de fato do governo, Aung San Suu Kyi, com quem antes teve um encontro privado, Francisco declarou que "o futuro de Mianmar deve ser a paz, uma paz baseada no respeito da dignidade e dos direitos de cada membro da sociedade, no respeito por cada grupo étnico e sua identidade".
Um discurso claro e direto do papa às autoridades, ao exército e ao governo, para que respeitem todas as minorias, embora sem citar expressamente, como lhe aconselhou a Igreja católica local, os muçulmanos rohingyas, que não são reconhecidos como birmaneses e são brutalmente perseguidos no país, o que provocou um êxodo de 620.000 deles para Bangladesh.
Francisco continuou sua mensagem pedindo "respeito pelo estado de direito e uma ordem democrática que permita a cada indivíduo e a cada grupo - sem excluir ninguém - oferecer sua contribuição legítima ao bem comum".
Em seu discurso em italiano no Centro de Convenções na nova capital birmanesa, Francisco assegurou que "na grande tarefa de reconciliação e integração nacional, as comunidades religiosas de Mianmar têm um papel privilegiado a desempenhar".
Além disso, afirmou que, em um país onde o budismo é quase uma religião de Estado, "as diferenças religiosas não devem ser uma fonte de divisão e desconfiança, mas um impulso para a unidade, o perdão, a tolerância e uma sábia construção da nação".
Francisco sugeriu que as religiões "podem contribuir também para erradicar as causas do conflito, a construir pontes de diálogo, a buscar a justiça e ser uma voz profética a favor dos que sofrem".
O papa lembrou que Mianmar sofreu e segue sofrendo "por causa dos conflitos civis e das hostilidades que durante tempo demais criaram profundas divisões", e fixou como prioridade política que se trabalhe para "restaurar a paz, a cura destas feridas".
O pontífice, que ontem se reuniu com o chefe do exercito birmanês, parabenizou os esforços do governo para enfrentar "este desafio".
Nesse sentido, elogiou a realização da Conferência de Paz de Panglong, que reúne representantes dos diversos grupos, mas advertiu que "a reconciliação nacional só pode avançar através do compromisso com a justiça e o respeito dos direitos humanos".
Francisco aproveitou seu discurso perante Suu Kyi para pedir à pequena comunidade católica do país, de cerca de 650.000 fiéis, que não deixem de "perseverar na sua fé e a continuar anunciando sua mensagem de reconciliação e fraternidade através de obras de caridade e humanitárias, que beneficiem a toda sociedade no seu conjunto".
Perante o presidente birmanês, Htin Kyaw, e a vencedora do Prêmio Nobel da Paz e chefe de fato do governo, Aung San Suu Kyi, com quem antes teve um encontro privado, Francisco declarou que "o futuro de Mianmar deve ser a paz, uma paz baseada no respeito da dignidade e dos direitos de cada membro da sociedade, no respeito por cada grupo étnico e sua identidade".
Um discurso claro e direto do papa às autoridades, ao exército e ao governo, para que respeitem todas as minorias, embora sem citar expressamente, como lhe aconselhou a Igreja católica local, os muçulmanos rohingyas, que não são reconhecidos como birmaneses e são brutalmente perseguidos no país, o que provocou um êxodo de 620.000 deles para Bangladesh.
Francisco continuou sua mensagem pedindo "respeito pelo estado de direito e uma ordem democrática que permita a cada indivíduo e a cada grupo - sem excluir ninguém - oferecer sua contribuição legítima ao bem comum".
Em seu discurso em italiano no Centro de Convenções na nova capital birmanesa, Francisco assegurou que "na grande tarefa de reconciliação e integração nacional, as comunidades religiosas de Mianmar têm um papel privilegiado a desempenhar".
Além disso, afirmou que, em um país onde o budismo é quase uma religião de Estado, "as diferenças religiosas não devem ser uma fonte de divisão e desconfiança, mas um impulso para a unidade, o perdão, a tolerância e uma sábia construção da nação".
Francisco sugeriu que as religiões "podem contribuir também para erradicar as causas do conflito, a construir pontes de diálogo, a buscar a justiça e ser uma voz profética a favor dos que sofrem".
O papa lembrou que Mianmar sofreu e segue sofrendo "por causa dos conflitos civis e das hostilidades que durante tempo demais criaram profundas divisões", e fixou como prioridade política que se trabalhe para "restaurar a paz, a cura destas feridas".
O pontífice, que ontem se reuniu com o chefe do exercito birmanês, parabenizou os esforços do governo para enfrentar "este desafio".
Nesse sentido, elogiou a realização da Conferência de Paz de Panglong, que reúne representantes dos diversos grupos, mas advertiu que "a reconciliação nacional só pode avançar através do compromisso com a justiça e o respeito dos direitos humanos".
Francisco aproveitou seu discurso perante Suu Kyi para pedir à pequena comunidade católica do país, de cerca de 650.000 fiéis, que não deixem de "perseverar na sua fé e a continuar anunciando sua mensagem de reconciliação e fraternidade através de obras de caridade e humanitárias, que beneficiem a toda sociedade no seu conjunto".
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