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Polícia egípcia mata 11 supostos terroristas na Península do Sinai

28/11/2017 12h06

Cairo, 28 nov (EFE).- A polícia do Egito matou nesta terça-feira 11 supostos terroristas em uma batida na Península do Sinai, ao leste da cidade de Ismailiya, situada às margens do Canal de Suez, informou o Ministério de Interior do país árabe.

A batida foi realizada depois que a polícia recebeu informações sobre um esconderijo de "terroristas" em uma fazenda da região de Jalbana, que os suspeitos usavam para realizar exercícios preparatórios para "operações hostis", segundo um comunicado do ministério egípcio.

Na chegada à fazenda, os supostos terroristas abriram fogo contra os policiais, que responderam e mataram 11 deles, que estão sendo identificados.

Os policiais também confiscaram várias armas e explosivos, acrescentou o ministério em comunicado.

As vítimas se unem as de outra operação efetuada hoje pelo exército no centro do Sinai, na qual morreram três supostos terroristas e outros cinco foram detidos, informou o porta-voz das forças armadas, Tamer al Rifai.

Essas operações acontecem depois do atentado da última sexta-feira, no qual morreram 305 pessoas, entre elas 27 crianças, e outras 128 ficaram feridas em um ataque contra a mesquita de Al Rauda, situada a oeste de Al Arish, a capital da província de Sinai do Norte.

De acordo com o Ministério Público do Egito, entre 25 e 30 homens armados, que carregavam a bandeira do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), cercaram a mesquita e abriram fogo contra os fiéis nas janelas e nas portas do templo, antes de entrar nele.

No atentado, o mais violento da história recente do Egito, morreram a maioria dos fiéis que estavam na mesquita, pertencentes ao ramo sufista do islã, considerado herético pelos extremistas.

A autoria do atentado ainda não foi reivindicada por algum dos grupos que operam no Sinai, onde o braço egípcio do EI, chamado Wilayat Sina, tem sua base.

No mesmo dia do atentado, o presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, prometeu vingança e advertiu que responderia de forma "brutal" contra os radicais.

A madrugada do sábado a aviação egípcia bombardeou "posições terroristas" no norte do Sinai e destruiu vários veículos supostamente "utilizados no ataque terrorista", segundo informou o exército.