Topo

Seul responde a Pyongyang com teste de mísseis perto da fronteira

28/11/2017 20h14

Seul, 28 nov (EFE).- O Exército da Coreia do Sul realizou nesta terça-feira um teste de mísseis perto da fronteira marítima com a Coreia do Norte, em resposta ao míssil lançado minutos antes pelo regime de Pyongyang em direção ao Mar do Japão.

Segundo um comunicado do Estado Maior Conjunto, o Exército, a Marinha e a Força Aérea sul-coreanas iniciaram as manobras às 3h23 (horário local; 16h23), apenas cinco minutos depois do lançamento norte-coreano, perto da fronteira marítima oriental com a Coreia do Norte.

O teste durou 20 minutos e as manobras contaram com a participação da unidade de mísseis do Exército, um navio equipado com o sistema de combate Aegis e uma caça KF-16.

Cada um deles disparou uma unidade dos modelos de míssil Hyunmoo-II, Haesong-II e Spice-2000, que atingiram com sucesso e de maneira simultânea o alvo designado, afirmou o Estado Maior Conjunto.

Para este exercício foi utilizado um alvo simulado situado à distância aproximada de onde a Coreia do Norte lançou o seu míssil nesta terça-feira.

As manobras mostraram a "determinação e habilidade ao atacar a origem da provocação e instalações capitais a qualquer momento por mar, terra e ar", acrescentou a nota.

A Coreia do Norte disparou o seu míssil por volta das 3h17 (horaário local; 16h17 em Brasília) dos arredores de Pyongsong, na província de Pyongan Sul, 25 quilômetros ao norte da capital norte-coreana.

O governo de Seul determinou que o projétil percorreu 960 quilômetros e alcançou uma altitude de 4.500 quilômetros. O Japão afirmou que o míssil voou durante 50 minutos e teria caído a 250 quilômetros da costa de Aomori, no norte japonês.

Estas águas pertencem à zona econômica especial (ZEE) do Japão, um espaço que se estende a cerca de 370 quilômetros a partir do litoral.

Esse foi o primeiro projétil que Pyongyang lançou em dois meses e meio, desde que no dia 15 de setembro disparou um míssil de alcance médio que sobrevoou o norte de Japão antes de cair ao mar.

Os contínuos testes norte-coreanos, somados à resposta beligerante por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentaram a tensão na região a níveis não vistos desde o final da Guerra da Coreia, em 1953.