Governo líbio nega existência de "leilões" de seres humanos no país
Madri, 30 nov (EFE).- O Governo líbio nega a existência de leilões de seres humanos em seu território e assegura que, se as imagens divulgadas pela "CNN" forem verdadeiras, os culpados serão perseguidos, julgados e condenados por comercializar pessoas.
O encarregado de negócios e embaixador acidental na Espanha, Walid Abu Abdalla, manifestou nesta quinta-feira à Agência Efe que o problema da imigração em seu país não será resolvido de maneira unilateral, mas deve ser afrontado conjuntamente e solidariamente com todos os estados vizinhos.
Abdalla, que substitui o falecido embaixador Mohamed Alfaqeeh Saleh, reiterou que o "território líbio não é nem a origem e nem o destino" dos imigrantes, e acrescentou que seu país é só "o litoral norte da África".
O diplomata insistiu que a gravação divulgada pela emissora americana "CNN" mostra "supostos fatos e os criminosos que os perpetram".
"Se for verdadeiro esse vídeo, não se deve dizer que é um leilão de pessoas, mas um grupo de criminosos que cometiam vários crimes", expôs Abdalla, que disse que os fatos narrados na reportagem eram "desconhecidos pelas autoridades".
E indicou que o que aparece nas imagens é algo que "ocorre de noite, em local desconhecido nos arredores de Trípoli".
Abdalla mostrou "estranheza" pela coincidência da denúncia televisiva com a realização da cúpula da União Europeia com a União Africana em Abidjan (a Costa do Marfim) e a "rapidez" com a qual o presidente francês, Emmanuel Macron, levou o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O diplomata insistiu que não são as medidas unilaterais as adequadas para resolver o problema e lembrou das enormes dimensões das fronteiras líbias e sua dificuldade para controlá-las, num palco de instabilidade política desde a queda do regime do coronel Muammar Gadafi em 2011.
"Há grupos criminosos que têm se aproveitado da confusão na Líbia", especificou Abdalla, ao se referir à passagem dos subsaarianos que atravessam o deserto de seu país para chegar ao litoral líbio frente aos países europeus que, precisou, são o destino dos imigrantes.
O encarregado citou como exemplo de colaboração a Itália e reivindicou maior apoio à modernização das forças e corpos de segurança do Estado líbio, em sua frágil transição para um cenário de possíveis eleições no próximo ano sob o auspício das Nações Unidas.
"Um só país não pode fazer frente a isso", reconheceu o diplomata líbio, que insistiu sobre a necessidade de melhorar o controle das suas fronteiras com ajuda de países vizinhos.
Abdalla usou como exemplo o enfrentamento armado ocorrido em setembro na cidade de Sabrata, a cerca de 60 quilômetros ao oeste da capital, com o grupo "Ammu", conhecido por se dedicar ao tráfico de imigrantes, e np qual "houve baixas de jovens líbios"
O encarregado apelou à colaboração de países defensores dos direitos humanos e destacou que os valores do Islã "proíbem o comércio de seres humanos".
O encarregado de negócios e embaixador acidental na Espanha, Walid Abu Abdalla, manifestou nesta quinta-feira à Agência Efe que o problema da imigração em seu país não será resolvido de maneira unilateral, mas deve ser afrontado conjuntamente e solidariamente com todos os estados vizinhos.
Abdalla, que substitui o falecido embaixador Mohamed Alfaqeeh Saleh, reiterou que o "território líbio não é nem a origem e nem o destino" dos imigrantes, e acrescentou que seu país é só "o litoral norte da África".
O diplomata insistiu que a gravação divulgada pela emissora americana "CNN" mostra "supostos fatos e os criminosos que os perpetram".
"Se for verdadeiro esse vídeo, não se deve dizer que é um leilão de pessoas, mas um grupo de criminosos que cometiam vários crimes", expôs Abdalla, que disse que os fatos narrados na reportagem eram "desconhecidos pelas autoridades".
E indicou que o que aparece nas imagens é algo que "ocorre de noite, em local desconhecido nos arredores de Trípoli".
Abdalla mostrou "estranheza" pela coincidência da denúncia televisiva com a realização da cúpula da União Europeia com a União Africana em Abidjan (a Costa do Marfim) e a "rapidez" com a qual o presidente francês, Emmanuel Macron, levou o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O diplomata insistiu que não são as medidas unilaterais as adequadas para resolver o problema e lembrou das enormes dimensões das fronteiras líbias e sua dificuldade para controlá-las, num palco de instabilidade política desde a queda do regime do coronel Muammar Gadafi em 2011.
"Há grupos criminosos que têm se aproveitado da confusão na Líbia", especificou Abdalla, ao se referir à passagem dos subsaarianos que atravessam o deserto de seu país para chegar ao litoral líbio frente aos países europeus que, precisou, são o destino dos imigrantes.
O encarregado citou como exemplo de colaboração a Itália e reivindicou maior apoio à modernização das forças e corpos de segurança do Estado líbio, em sua frágil transição para um cenário de possíveis eleições no próximo ano sob o auspício das Nações Unidas.
"Um só país não pode fazer frente a isso", reconheceu o diplomata líbio, que insistiu sobre a necessidade de melhorar o controle das suas fronteiras com ajuda de países vizinhos.
Abdalla usou como exemplo o enfrentamento armado ocorrido em setembro na cidade de Sabrata, a cerca de 60 quilômetros ao oeste da capital, com o grupo "Ammu", conhecido por se dedicar ao tráfico de imigrantes, e np qual "houve baixas de jovens líbios"
O encarregado apelou à colaboração de países defensores dos direitos humanos e destacou que os valores do Islã "proíbem o comércio de seres humanos".
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