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UA afirma que 3.800 imigrantes serão repatriados urgentemente da Líbia

30/11/2017 11h42

Abidjan (Costa do Marfim), 30 nov (EFE).- A União Africana (UA) vai atuar "imediatamente" para repatriar 3.800 imigrantes que estão na Líbia para atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa pela situação "desumana" em que se encontram, disse nesta quinta-feira em Abidjan o presidente da comissão desse organismo, Moussa Faki Mahamat.

Em entrevista coletiva, ao término da quinta cúpula euro-africana, Mhamat afirmou que representantes da UA foram a Trípoli (Liíia) para tratar a situação no país norte-africano, um dos temas principais no encontro.

"Em coordenação com a União Europeia (UE), a ONU e a OIM (Organização Internacional de Migração) vamos estabelecer um Grupo de Trabalho para atuar rapidamente, e evacuar 3.800 imigrantes da Líbia", destacou.

Segundo Mahamat, os representantes da UA visitaram Trípoli e constataram "a situação desumana" em que esses imigrantes se encontram na Líbia e como "todos querem sair dali".

Por sua parte, o presidente da UA, o guineano Alpha Condé, garantiu que o Marrocos fretará aviões para o processo de retorno dos imigrantes, assim como outros países europeus e africanos que se mostraram dispostos a isso.

"Na Líbia não há Estado", declarou Condé, que indicou que o país está disposto a dar direito de acesso aos aviões, em uma discussão conjunta com Marrocos, Alemanha e França, entre outros.

Os líderes da ONU, da UE e da UA, além de vários representantes de países europeus, definiram na quarta-feira durante a noite, às margens da cúpula euro-africana, operações de evacuação de urgência para as vítimas de tráfico humano na Líbia.

Tantos os líderes africanos como os europeus se referiram ao escândalo revelado pela emissora americana "CNN" sobre uma suposta venda de pessoas de origem subsaariana como escravos em um lugar não especificado da Líbia, e este cenário é o "ponto de partida" para encontrar uma solução entre os dois continentes sobre esse país norte-africano.