Topo

Morre o francês Patrick Henry, o infanticida que escapou da pena de morte

Graças à ação de seu advogado na época, o infanticida se salvou da guilhotina, mas não da prisão perpétua - Getty Images
Graças à ação de seu advogado na época, o infanticida se salvou da guilhotina, mas não da prisão perpétua Imagem: Getty Images

03/12/2017 16h50

Patrick Henry, um dos assassinos mais famosos da França e que escapou por pouco da guilhotina após ter sido condenado pelo assassinato de uma criança de 7 anos em 1976, morreu neste domingo (3) vítima de câncer do pulmão, aos 64 anos.

O advogado de Henry, Hugo Levy, anunciou a morte de seu cliente em um hospital de Lille, no norte da França.

"(Henry) escapou da guilhotina, mas não da prisão perpétua", afirmou o advogado em declarações ao canal "Franceinfo".

O processo de Henry, cuja pena estava suspensa desde setembro de 2017 para que ele pudesse se tratar da doença, suscitou no país um intenso debate sobre a conveniência de se aplicar a pena de morte.

Graças à ação de seu advogado na época, Robert Badinter, o infanticida se salvou da guilhotina, mas não da pena de prisão perpétua.

Quatro anos depois do julgamento, o governo socialista de François Miterrand aboliu a pena capital na França, mesmo com a notável oposição dos franceses na época.

Henry obteve a liberdade condicional em 2001, depois de 24 anos atrás das grades, por bom comportamento na prisão, um caso de reabilitação considerado exemplar.

No entanto, Henry foi detido em 2002 na Espanha, quando transportava em seu automóvel 10 quilos de haxixe que supostamente tinha adquirido no Marrocos.

Detido pelas acusações de posse de drogas e violação da liberdade condicional, pois estava proibido de sair do território francês, Henry permaneceu preso na Espanha durante seis meses, até a sua extradição à França, onde foi preso novamente.