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Empresária se torna 3ª mulher a anunciar candidatura à presidência da Rússia

05/12/2017 13h25

Moscou, 5 dez (EFE).- A empresária e apresentadora de televisão Larisa Renar anunciou nesta terça-feira sua candidatura à presidência da Rússia, tornando-se a terceira mulher a se apresentar às eleições de março de 2018.

"Eu me candidato às eleições com um programa único, 'O direito à felicidade', que se centra em que cada pessoa pode ser importante para o Estado", disse Renar em entrevista coletiva.

Renar, que fez o anúncio em Novosibirsk, a capital siberiana, se propõe a iniciar em 21 de dezembro a coleta de documentos e, em seguida, solicitará as assinaturas necessárias.

"Espero que possamos reunir 300.000 assinaturas para apresentar a minha candidatura à presidência na qualidade de candidata independente", comentou.

Escritora e psicóloga de profissão, Renar considera que a principal missão de um presidente é fazer com que a Rússia seja um país de gente feliz e que o índice de felicidade deve ser um dos principais parâmetros para a gestão governamental.

"Na Rússia há muita gente com talento e a obrigação do Estado é criar as condições para aproveitar o potencial de cada um. Esse é o caminho que a Rússia deve tomar", destacou.

Renar, de 51 anos e que defende inclusive a criação de um Ministério de Felicidade caso seja eleita como nova chefe do Kremlin, espera conseguir 10% dos votos.

Quanto à Crimeia, a empresária se mostrou firme na hora de respaldar a anexação russa da outrora península ucraniana.

Anteriormente expressaram também sua intenção de apresentar suas candidaturas as jornalistas Ksenia Sobchak, filha do padrinho político do presidente, Vladimir Putin, e Ekaterina Gordon.

Além delas, três veteranos políticos russos em atividade desde a queda da União Soviética também se apresentarão aos pleitos presidenciais: o comunista Guennadi Ziuganov, o liberal Grigory Yavlinsky e o ultranacionalista Vladimir Zhirinovski.

Putin, cujos índices de intenção de voto variam entre 60% e 70%, ainda não anunciou se tentará reeleição, algo que poderia fazer no dia 14 de dezembro, durante sua entrevista coletiva anual, segundo os analistas.

Em caso de vitória nas eleições, que foram marcadas para 18 de março para coincidir com o quarto aniversário da anexação da Crimeia, Putin governaria até 2024, já que uma reforma constitucional prolongou o mandato presidencial de quatro a seis anos.