Polícia crê que bomba que matou jornalista em Malta foi ativada desde barco
Roma, 6 dez (EFE).- A Polícia de Malta acredita que a bomba que matou em outubro a jornalista investigativa Daphne Caruana Galizia quando estava em seu carro foi ativada desde um barco e através de uma mensagem de texto enviada a um dispositivo eletrônico, informa nesta quarta-feira a imprensa local.
O barco foi expropriado pela polícia maltesa na segunda-feira e os investigadores buscam agora amostras de DNA que sirvam para acusar os responsáveis, segundo detalhou o jornal "Times of Malta".
A notícia foi revelada um dia depois que três homens identificados como George e Alfred Degiorgio, e Vince Muscat, foram acusados pela Justiça maltesa por relação com este crime.
Segundo as primeiras investigações, George Degiorgio enviou a mensagem para ativar a bomba depois de receber a autorização de seu irmão, Alfred, que estava nas proximidades da casa de Daphne em Bidnija, no norte da ilha.
Por sua vez, Vince Muscat supervisionou o atentado desde outro ponto estratégico.
Os três fazem parte do grupo de dez pessoas detidas na segunda-feira, e são também acusados pelos crimes de posse ilícita de armas e de material para fabricar bombas.
Os investigadores tratam de investigar se os três foram só os executores ou se também projetaram o assassinato.
O jornal "Malta Today" cita fontes próximas à investigação para avançar que as primeiras hipóteses apontam que a bomba foi colocada no carro da jornalista nas primeiras horas de 16 de outubro, dia no qual foi assassinada, possivelmente por Alfred Degiorgio.
Este se manteve perto da casa da jornalista para vigiar seus movimentos e avisou ao irmão quando ela entrou no carro.
Depois, George ativou a bomba enviando uma mensagem de texto a "um dispositivo eletrônico, não um celular, que foi colocado junto à bomba e servia de detonador", segundo a mesma fonte.
Daphne foi assassinada em 16 de outubro após uma bomba explodir em seu carro quando estava a poucos metros de sua casa.
A jornalista era conhecida porque tinha investigado a relação da classe política, incluído o primeiro-ministro, Joseph Muscat, e sua esposa, com as filtragens reveladas pelos chamados "Panama Papers", e outros casos de corrupção, escândalos que obrigaram o primeiro-ministro a convocar eleições gerais antecipadas, que no entanto voltou a ganhar em junho.
Nos últimos tempos, Daphne investigava possíveis vínculos de partidos políticos de Malta com uma rede líbio-italiana de contrabando de combustível para a Europa, segundo a imprensa local.
O seu assassinato comoveu a opinião pública do país e centenas de cidadãos saíram às ruas para protestar contra a corrupção na ilha.
O filho da jornalista, Matthew Caruana Galizia, chegou a culpar o Governo maltês de ser cúmplice do assassinato ao permitir uma "cultura de impunidade", enquanto Muscat se comprometeu publicamente a investigar as causas do crime.
O fato também surpreendeu o mundo, a Comissão Europeia condenou o assassinato, o Parlamento Europeu pediu à Europol que participasse da investigação e o papa Francisco enviou uma mensagem de condolências à família.
O barco foi expropriado pela polícia maltesa na segunda-feira e os investigadores buscam agora amostras de DNA que sirvam para acusar os responsáveis, segundo detalhou o jornal "Times of Malta".
A notícia foi revelada um dia depois que três homens identificados como George e Alfred Degiorgio, e Vince Muscat, foram acusados pela Justiça maltesa por relação com este crime.
Segundo as primeiras investigações, George Degiorgio enviou a mensagem para ativar a bomba depois de receber a autorização de seu irmão, Alfred, que estava nas proximidades da casa de Daphne em Bidnija, no norte da ilha.
Por sua vez, Vince Muscat supervisionou o atentado desde outro ponto estratégico.
Os três fazem parte do grupo de dez pessoas detidas na segunda-feira, e são também acusados pelos crimes de posse ilícita de armas e de material para fabricar bombas.
Os investigadores tratam de investigar se os três foram só os executores ou se também projetaram o assassinato.
O jornal "Malta Today" cita fontes próximas à investigação para avançar que as primeiras hipóteses apontam que a bomba foi colocada no carro da jornalista nas primeiras horas de 16 de outubro, dia no qual foi assassinada, possivelmente por Alfred Degiorgio.
Este se manteve perto da casa da jornalista para vigiar seus movimentos e avisou ao irmão quando ela entrou no carro.
Depois, George ativou a bomba enviando uma mensagem de texto a "um dispositivo eletrônico, não um celular, que foi colocado junto à bomba e servia de detonador", segundo a mesma fonte.
Daphne foi assassinada em 16 de outubro após uma bomba explodir em seu carro quando estava a poucos metros de sua casa.
A jornalista era conhecida porque tinha investigado a relação da classe política, incluído o primeiro-ministro, Joseph Muscat, e sua esposa, com as filtragens reveladas pelos chamados "Panama Papers", e outros casos de corrupção, escândalos que obrigaram o primeiro-ministro a convocar eleições gerais antecipadas, que no entanto voltou a ganhar em junho.
Nos últimos tempos, Daphne investigava possíveis vínculos de partidos políticos de Malta com uma rede líbio-italiana de contrabando de combustível para a Europa, segundo a imprensa local.
O seu assassinato comoveu a opinião pública do país e centenas de cidadãos saíram às ruas para protestar contra a corrupção na ilha.
O filho da jornalista, Matthew Caruana Galizia, chegou a culpar o Governo maltês de ser cúmplice do assassinato ao permitir uma "cultura de impunidade", enquanto Muscat se comprometeu publicamente a investigar as causas do crime.
O fato também surpreendeu o mundo, a Comissão Europeia condenou o assassinato, o Parlamento Europeu pediu à Europol que participasse da investigação e o papa Francisco enviou uma mensagem de condolências à família.
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