Trump reconhecerá Jerusalém como capital de Israel e levará embaixada para lá
Washington, 5 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará nesta quarta-feira o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e ordenará para lá a transferência da embaixada, que agora está em Tel Aviv, anteciparam na terça-feira altos funcionários do seu governo, que pediram anonimato.
No entanto, Trump "reconhece que as fronteiras específicas da soberania israelense em Jerusalém estarão sujeitas a negociações de status final" com os palestinos, e seguirá apoiando o "status quo no Monte do Templo", situado na parte palestina da cidade, disse um dos funcionários.
Em discurso programado para às 13h (horário local, 16h de Brasília) desta quarta, Trump ordenará ao Departamento de Estado que "comece o processo" da transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém, mas que esse processo levará "anos", explicou a fonte.
"Há cerca de 1 mil pessoas trabalhando na embaixada em Tel Aviv, e não temos instalações que possam acomodá-las em Jerusalém. Levará tempo encontrar um lugar, se certificar que é seguro, projetar uma nova embaixada e construí-la", completou.
"Hoje em dia, nenhuma embaixada americana pode ser construída em qualquer lugar do mundo em menos de três ou quatro anos. Esse será o caso também" em Jerusalém, disse outro alto funcionário.
Os Estados Unidos se tornarão, assim, no único país do mundo que reconhece Jerusalém como capital de Israel, onde nenhuma nação tem sua embaixada, pois a anexação israelense da parte oriental da cidade em 1980, a ONU chamou a comunidade internacional para retirar suas legações da Cidade Santa.
Embora Israel considere Jerusalém como sua capital, a soberania do país sobre a parte oriental da cidade (Jerusalém Oriental) não é reconhecida por grande parte da comunidade internacional, e os palestinos querem estabelecer a sede do seu futuro estado.
No entanto, a Casa Branca considera sua decisão "como um reconhecimento de uma realidade histórica - Jerusalém foi a capital do Estado judeu desde a antiguidade - como moderna, porque foi a sede do governo israelense desde a fundação moderna desse Estado em 1948", afirmou o citado funcionário.
"O presidente acredita que este é o momento adequado e o passo certo para tomar, especialmente no que diz respeito das suas esperanças que se possa conseguir um acordo de paz", afirmou a segunda fonte.
A Casa Branca não acredita que o anúncio possa prejudicar as perspectivas de um processo de paz na região, mesmo que os palestinos tenham avisado as "graves repercussões" que essa medida teria no futuro das suas estancadas negociações com Israel.
"A localização física da embaixada dos EUA não é um impedimento para a paz", assegurou o primeiro funcionário.
"Esta é uma mudança para uma política de ambiguidade (sobre onde a embaixada dos EUA em Israel deveria ser) que não funcionou durante os últimos 22 anos", desde que o Congresso aprovou, em 1995, uma lei para iniciar a mudança para Jerusalém, acrescentou.
Dado o tempo que levará transferir a embaixada para Jerusalém, Trump assinará, nesta quarta, uma ordem que lhe permita adiar por mais seis meses a aplicação dessa lei de 1995, que até agora nenhum presidente americano implementou.
No entanto, Trump "reconhece que as fronteiras específicas da soberania israelense em Jerusalém estarão sujeitas a negociações de status final" com os palestinos, e seguirá apoiando o "status quo no Monte do Templo", situado na parte palestina da cidade, disse um dos funcionários.
Em discurso programado para às 13h (horário local, 16h de Brasília) desta quarta, Trump ordenará ao Departamento de Estado que "comece o processo" da transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém, mas que esse processo levará "anos", explicou a fonte.
"Há cerca de 1 mil pessoas trabalhando na embaixada em Tel Aviv, e não temos instalações que possam acomodá-las em Jerusalém. Levará tempo encontrar um lugar, se certificar que é seguro, projetar uma nova embaixada e construí-la", completou.
"Hoje em dia, nenhuma embaixada americana pode ser construída em qualquer lugar do mundo em menos de três ou quatro anos. Esse será o caso também" em Jerusalém, disse outro alto funcionário.
Os Estados Unidos se tornarão, assim, no único país do mundo que reconhece Jerusalém como capital de Israel, onde nenhuma nação tem sua embaixada, pois a anexação israelense da parte oriental da cidade em 1980, a ONU chamou a comunidade internacional para retirar suas legações da Cidade Santa.
Embora Israel considere Jerusalém como sua capital, a soberania do país sobre a parte oriental da cidade (Jerusalém Oriental) não é reconhecida por grande parte da comunidade internacional, e os palestinos querem estabelecer a sede do seu futuro estado.
No entanto, a Casa Branca considera sua decisão "como um reconhecimento de uma realidade histórica - Jerusalém foi a capital do Estado judeu desde a antiguidade - como moderna, porque foi a sede do governo israelense desde a fundação moderna desse Estado em 1948", afirmou o citado funcionário.
"O presidente acredita que este é o momento adequado e o passo certo para tomar, especialmente no que diz respeito das suas esperanças que se possa conseguir um acordo de paz", afirmou a segunda fonte.
A Casa Branca não acredita que o anúncio possa prejudicar as perspectivas de um processo de paz na região, mesmo que os palestinos tenham avisado as "graves repercussões" que essa medida teria no futuro das suas estancadas negociações com Israel.
"A localização física da embaixada dos EUA não é um impedimento para a paz", assegurou o primeiro funcionário.
"Esta é uma mudança para uma política de ambiguidade (sobre onde a embaixada dos EUA em Israel deveria ser) que não funcionou durante os últimos 22 anos", desde que o Congresso aprovou, em 1995, uma lei para iniciar a mudança para Jerusalém, acrescentou.
Dado o tempo que levará transferir a embaixada para Jerusalém, Trump assinará, nesta quarta, uma ordem que lhe permita adiar por mais seis meses a aplicação dessa lei de 1995, que até agora nenhum presidente americano implementou.
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