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Jihadista britânico pertencente ao EI é condenado a 10 anos de prisão

08/12/2017 11h58

Londres, 8 dez (EFE).- Um jihadista com dupla nacionalidade britânica e líbia foi condenado nesta sexta-feira a uma pena de dez anos de prisão pela filiação ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), segundo determinou um Tribunal de Londres.

Mohammed Abdallah, de 26 anos, se deslocou à Síria com a colaboração de seu irmão Abdalraof Abdallah, de 24, que se locomove em uma cadeira de rodas, e que estabeleceu um "centro de comunicação" para potenciais militantes do EI desde seu domicílio em Manchester (norte da Inglaterra).

Abdallah foi classificado como lutador do EI no ano passado quando seu documento de registo a esse grupo terrorista foi encontrado, no qual se denominava "franco-atirador especialista", segundo a informação vazada por uma fonte ao canal britânico de televisão "Sky News".

Após um processo judicial no Tribunal Penal de Old Bailey, em Londres, o homem foi declarado culpado por posse de arma de fogo, uma pistola AK47; por ter recebido 2 mil libras (2.287,22 euros), valor a ser destinado para fins terroristas e por pertencer ao Estado Islâmico.

Como fator atenuante, o advogado defensor Rajiv Menon argumentou que não existem "evidências" que apontem que Abdallah estivesse "desempenhando uma missão" no período de dois anos entre sua saída da Síria, depois de ter passado quatro semanas nesse país, e o tempo que durou seu envolvimento com a formação yihadista.

Durante o julgamento, a juíza afirmou que o acusado "presumiu" adquirir armamento em algumas mensagens e que estava "totalmente comprometido" a se registrar como membro de EI.

A magistrada considerou que o "compromisso com a violência no exterior" do acusado ficou "claro" e que este não mostrou em nenhum momento "nenhum sinal de que vá mudar os seus pontos de vista ou atitudes".

Além disso, a juíza aceitou "até certo ponto" que Abdallah "agiu sob a influência de seu irmão".

Aparentemente, ambos frequentavam a mesma mesquita de Manchester à qual também comparecia Salman Abedi, o terrorista suicida que perpetrou o atentado nessa cidade do norte da Inglaterra em 22 de maio, no qual morreram 22 pessoas, muitas deles menores, após um show da cantora Ariana Grande.