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Terrorista de Nova York publicou mensagem debochando de Trump antes do ataque

12/12/2017 15h59

Nova York, 12 dez (EFE).- O suposto autor do atentado de segunda-feira em Nova York, Akayed Ullah, publicou no Facebook uma mensagem debochando do presidente dos EUA, Donald Trump, momentos antes de realizar o ataque, disseram nesta terça-feira as autoridades.

"Trump, você fracassou em proteger seu país", escreveu Ullah na rede social, quando dirigia-se à cêntrica zona de Manhattan onde detonou uma bomba caseira.

Assim mostra uma divulgada mensagem hoje pela Promotoria do Distrito Sul de Nova York, que o acusa de cinco crimes, incluído apoio a um grupo terrorista e uso de armas de destruição em massa.

Ullah, de 27 anos e originário de Bangladesh, detonou uma bomba construída por ele mesmo dentro de um túnel que conecta a principal rodoviária de Nova York e o metrô na Times Square.

O artefato, que levava junto ao corpo, deixou unicamente feridos leves, enquanto o suposto terrorista sofreu as piores lesões, com queimaduras e lacerações nas mãos e no abdômen, e está internado em um hospital.

Segundo a Promotoria, Ullah disse aos investigadores que se inspirou no grupo terrorista Estado Islâmico (EI) para fazer o ataque.

"Eu fiz pelo Estado Islâmico", disse ao ser interrogado no hospital, segundo o documento das autoridades.

O seu objetivo, assegurou, era causar o maior dano possível, por isso encheu a bomba com parafusos de metal e planejou a ação durante um dia laboral.

No Facebook, Ullah também publicou uma mensagem para dar a entender a membros e simpatizantes do EI que tinha cometido o atentado em nome do grupo.

A priori, o suspeito deveria aparecer ao longo do dia perante um juiz de Nova York, embora por enquanto não está claro se o seu estado de saúde permitirá.

Ullah, residente do Brooklyn, tinha chegado aos Estados Unidos em 2011 graças a um visto de reagrupamento familiar.

A Casa Branca culpou nesta segunda-feira o Congresso dos Estados Unidos pelo atentado por não ter respaldado as propostas de Trump destinadas a endurecer as políticas de controle migratório.

"Se o Congresso tivesse feito algo a respeito, isto não teria acontecido", disse a porta-voz Sarah Huckabee Sanders.