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Maduro classifica decisão dos EUA sobre Jerusalém como "ilegal"

13/12/2017 13h20

Istambul, 13 dez (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira que a decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel viola acordos das Nações Unidas e "não tem validação jurídica".

"Tais ações desacatam as decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas e só aumentarão mais as tensões no terreno", disse Maduro, que discursou na cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em representação do Movimento dos Países Não Alinhados (MNA).

"Nesse sentido, fazemos um chamado à cessação de provocações do governo dos Estados Unidos, incluindo a aquisição de territórios pela força", acrescentou.

Maduro ressaltou em nome dos 120 países que formam o MNA que a decisão dos EUA "não tem validação jurídica" e contradiz vários tratados ratificados pelas Nações Unidas.

O presidente venezuelano também criticou que a decisão americana tenha provocado mais hostilidade entre os israelenses e palestinos que vivem no Jerusalém.

"Denunciamos as provocações na cidade, independentemente de quem as realize", destacou.

"Qualquer ação provocadora põe em perigo a solução dos dois Estados e pode desestabilizar a frágil situação do terreno", advertiu Maduro.

Em nome do MNA, o presidente venezuelano fez um apelo ao "respeito e ao diálogo" e reafirmou seu "apoio pela histórica luta do povo palestino".

Representantes de 48 países participaram desta cúpula, convocada pelo presidente turco, o islamita Recep Tayyip Erdogan, para pactuar uma resposta ao anúncio, feito no último dia 6, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.