Oposição pede renúncia do presidente do Peru por vínculo com caso Odebrecht
Lima, 14 dez (EFE).- A oposição pediu nesta quinta-feira que o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, renuncie ao cargo devido às consultorias prestadas por uma empresa de sua propriedade à Odebrecht quando ele era ministro do governo de Alejandro Toledo.
A maioria opositora no parlamento, liderada pelo partido Força Popular, ligado ao fujimorismo, pediu que Kuczynski renuncie hoje mesmo, após o presidente ser convocado a responder por suas ligações com a construtora brasileira no próximo dia 22 na comissão parlamentar que investiga a Lava Jato no Peru.
O porta-voz da Força Popular, Daniel Salaverry, afirmou que a permanência de Kuczynski no cargo é "insustentável" e que o povo peruano exige sua renúncia, fazendo uma transição constituicional para que o vice-presidente, Martín Vizcarra, assuma o posto.
O deputado opositor Marco Arana, da Frente Ampla, pediu que os corruptos "vão para casa". O partido de Arana apresentou uma moção de vacância contra Kuczynski, uma figura jurídica da Constituição peruana semelhante ao impeachment no Brasil. Além disso, a legenda defende novas eleições, inclusive para o congresso.
"Se o presidente não apresentar sua renúncia, nos juntaremos ao pedido de vacância da Frente Ampla", disse o deputado Mauricio Mulder, do Partido Aprista.
Segundo um documento divulgado ontem pela comissão legislativa que investiga a Lava Jato, a Odebrecht indicou que pagou mais de US$ milhões, entre 2005 e 2013, à First Capital por consultorias.
Além disso, a Westfield Capital, de Kuczynski, recebeu da construtora brasileira US$ 782 mil entre 2004 e 2007, quando o atual presidente foi ministro de Economia e primeiro-ministro de Toledo.
Kuczynski tinha negado previamente ter feito qualquer tipo de consultoria para Odebrecht, mas, no sábado, admitiu ter assessorado, através da First Capital, a H2Olmos, empresa do grupo Odebrecht que participou do projeto de irrigação de Olmos.
Os deputados Guido Lombardi e Gilbert Violeta, porta-voz do governo, pediram calma e que os colegas esperem o pronunciamento que Kuczynski fará nas próximas horas. Eles confiam que o presidente esclarecerá a relação de sua empresa com a Odebrecht.
A organização Transparência divulgou um comunicado pedindo que todos respeitem a ordem constitucional e as garantias estabelecidas pelo Estado de Direito.
"O presidente deve dar as mais amplas e detalhadas explicações ao país sobre seus supostos vínculos contratuais com a Odebrecht", pediu a organização na nota.
O presidente do Congresso, Luis Galarreta, também pediu para esperar as declarações do presidente.
Em discurso em uma cerimônia protocolar na escola de oficiais do Exército, Kuczynski disse que o país vive uma situação política de muitas fraturas, intrigas e ruomes.
"Temos que nos unir contra os verdadeiros obstáculos e esses obstáculos são bem conhecidos: a corrupção que provém da desordem administrativa da falta de cultura, de honestidade, a droga que contamina nossa sociedade", disse o presidente.
O caso Odebrecht no Peru segue o rastros milionários subornos pagos entre 2005 e 2014 a membros do governo peruano em troca de benefícios nas licitações de obras públicas. A construtora também fez doações para financiar campanhas de políticos.
O período abrange os governos de Toledo, contra quem há uma ordem de prisão expedida por ter recebido US$ 20 milhões, de Alan García, investigado por propinas nas obras do metrô de Lima, e Ollanta Humala, preso pelo financiamento ilegal de seu partido.
A maioria opositora no parlamento, liderada pelo partido Força Popular, ligado ao fujimorismo, pediu que Kuczynski renuncie hoje mesmo, após o presidente ser convocado a responder por suas ligações com a construtora brasileira no próximo dia 22 na comissão parlamentar que investiga a Lava Jato no Peru.
O porta-voz da Força Popular, Daniel Salaverry, afirmou que a permanência de Kuczynski no cargo é "insustentável" e que o povo peruano exige sua renúncia, fazendo uma transição constituicional para que o vice-presidente, Martín Vizcarra, assuma o posto.
O deputado opositor Marco Arana, da Frente Ampla, pediu que os corruptos "vão para casa". O partido de Arana apresentou uma moção de vacância contra Kuczynski, uma figura jurídica da Constituição peruana semelhante ao impeachment no Brasil. Além disso, a legenda defende novas eleições, inclusive para o congresso.
"Se o presidente não apresentar sua renúncia, nos juntaremos ao pedido de vacância da Frente Ampla", disse o deputado Mauricio Mulder, do Partido Aprista.
Segundo um documento divulgado ontem pela comissão legislativa que investiga a Lava Jato, a Odebrecht indicou que pagou mais de US$ milhões, entre 2005 e 2013, à First Capital por consultorias.
Além disso, a Westfield Capital, de Kuczynski, recebeu da construtora brasileira US$ 782 mil entre 2004 e 2007, quando o atual presidente foi ministro de Economia e primeiro-ministro de Toledo.
Kuczynski tinha negado previamente ter feito qualquer tipo de consultoria para Odebrecht, mas, no sábado, admitiu ter assessorado, através da First Capital, a H2Olmos, empresa do grupo Odebrecht que participou do projeto de irrigação de Olmos.
Os deputados Guido Lombardi e Gilbert Violeta, porta-voz do governo, pediram calma e que os colegas esperem o pronunciamento que Kuczynski fará nas próximas horas. Eles confiam que o presidente esclarecerá a relação de sua empresa com a Odebrecht.
A organização Transparência divulgou um comunicado pedindo que todos respeitem a ordem constitucional e as garantias estabelecidas pelo Estado de Direito.
"O presidente deve dar as mais amplas e detalhadas explicações ao país sobre seus supostos vínculos contratuais com a Odebrecht", pediu a organização na nota.
O presidente do Congresso, Luis Galarreta, também pediu para esperar as declarações do presidente.
Em discurso em uma cerimônia protocolar na escola de oficiais do Exército, Kuczynski disse que o país vive uma situação política de muitas fraturas, intrigas e ruomes.
"Temos que nos unir contra os verdadeiros obstáculos e esses obstáculos são bem conhecidos: a corrupção que provém da desordem administrativa da falta de cultura, de honestidade, a droga que contamina nossa sociedade", disse o presidente.
O caso Odebrecht no Peru segue o rastros milionários subornos pagos entre 2005 e 2014 a membros do governo peruano em troca de benefícios nas licitações de obras públicas. A construtora também fez doações para financiar campanhas de políticos.
O período abrange os governos de Toledo, contra quem há uma ordem de prisão expedida por ter recebido US$ 20 milhões, de Alan García, investigado por propinas nas obras do metrô de Lima, e Ollanta Humala, preso pelo financiamento ilegal de seu partido.
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