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Warner Music admite "comportamentos inadequados" de alguns executivos

16/12/2017 00h52

Los Angeles (EUA), 15 dez (EFE).- A gravadora Warner Music admitiu, na sexta-feira, que alguns de seus executivos nos Estados Unidos se envolveram em "comportamentos inadequados", de acordo com um memorando de gerenciamento de recursos humanos dirigido ao pessoal da empresa.

A revista especializada "Variety" revelou o conteúdo desta carta, assinada pela vice-presidente executiva de recursos humanos, María Osherova, e isso é conhecido apenas algumas horas depois que a Warner Music anunciasse que tomará medidas contra o vice-presidente executivo de sua divisão de A&R, Jeff Fenster, e outro dirigente não identificado pelas acusações de assédio sexual contra ele.

"Tratamos estas preocupações muito seriamente e designamos um investigador independente para realizar uma revisão. Algumas das acusações revelaram-se verdadeiras e, como consequência, estamos em processo de tomar as medidas disciplinares apropriadas contra empregadores relevantes", afirmou o texto interno da Warner Music, dirigido aos seus funcionários.

"Se as perturbadoras notícias dos últimos meses nos ensinaram algo é que há uma necessidade de uma mudança duradouras em nossa empresa, nossa indústria e nossa sociedade como um todo. Sempre podemos fazer melhor", acrescentou a carta.

A revista "Billboard" informou que uma ex-executiva da Warner Music escreveu uma carta antes de deixar a empresa onde acusava Fenster e outro dirigente, cujo nome é desconhecido, de comportamentos sexuais fora de lugar.

Ela também afirmou que o CEO da Warner, Stephen Cooper, fez um comentário inadequado durante uma festa.

Após as acusações contra o produtor de cinema Harvey Weinsten por dezenas de supostos casos de agressão sexual, Hollywood vive imerso em uma enorme polêmica diante do constante fluxo de revelações de abuso e assédio sexual que espalharam atores e cineastas como Kevin Spacey, Dustin Hoffman, Louis C.K., Bryan Singer, Brett Ratner e John Lasseter.