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Lema "EUA em primeiro lugar" é base de plano de segurança nacional de Trump

18/12/2017 14h40

Washington, 18 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciará nesta segunda-feira a Estratégia de Segurança Nacional de seu governo, um plano que conterá seus objetivos fundamentais e sua visão das distintas ameaças globais.

Fontes da Casa Branca anteciparam que a equipe de Trump criou um documento que identifica quatro pilares estratégicos: proteger o país, promover a prosperidade dos EUA, preservar a paz com a força e ampliar a influência americana.

O governo usou como base para a elaboração do plano o lema de campanha "EUA em primeiro lugar". Isso, no entanto, não significa que os EUA atuarão sozinhos ou ficarão isolados, disse uma das funcionárias da Casa Branca, que preferiu o anonimato.

Nessa estratégia, a prosperidade da economia americana é um objetivo-chave, de acordo com as fontes ouvidas pela Efe.

Um dos pontos principais do plano é a China, com quem a Casa Branca tem dificuldades para estabelecer relações nos diferentes âmbitos de interesse. Por um lado, os americanos temem a força econômica chinesa e se queixam de um desequilíbrio comercial. Por outro, busca limitar a proximidade de Pequim com a Coreia do Norte.

"A estratégia se refere à China como um competidor estratégico. A China está efetivamente no domínio político, econômico, militar e informativo de formas que não são replicadas por nossos outros competidores", explicou um dos funcionários da Casa Branca.

"Sabemos que precisamos da China para continuar trabalhando com eles no problema da Coreia do Norte. Isso não é mutuamente excludente. Trabalhamos juntos para cooperar, ao mesmo tempo que reconhecemos que também existe competição", completou.

Para o governo Trump, os EUA enfrentam "poderes revisionistas", que tentam colocar o mundo em conflito contra os valores americanos. São identificados dessa forma a atuação de Pequim no Mar do Sul da China e as ações da Rússia nos casos da Ucrânia e da Geórgia.

Questionados sobre a Rússia, as fontes da Casa Branca indicaram que a natureza da competição não significa que não haja cooperação.

"Falamos sobre como nossos adversários sempre usaram - especialmente durante os últimos anos - a guerra de informação, a guerra política: China, Rússia, os terroristas jihadistas utilizaram a internet com grande efeito", explicaram as fontes.

"Essas são tendencias que foram aumentando e cada vez mais são problemáticas", concluíram os funcionários da Casa Branca.