Violência se agrava em protestos contra reforma da previdência na Argentina
(Atualiza o número de feridos).
Buenos Aires, 18 dez (EFE).- A violência registrada do lado de fora da sede do Congresso da Argentina por enfrentamentos entre grupos de manifestantes e a polícia se agravou nesta segunda-feira durante a sessão que discute a polêmica reforma da previdência no país proposta pelo governo, enquanto a oposição pede que a sessão seja suspensa.
Até às 17h locais (18h de Brasília), os distúrbios tinham deixado pelo menos 15 policiais feridos, com traumatismos diversos, inclusive oculares e de crânio, e os mesmo precisaram ser levados a um centro médico, explicaram fontes do Ministério de Justiça e Segurança da Cidade. Além disso, oito civis foram levados a diversos hospitais.
A situação chegou a tal ponto que, apesar da determinação que caberia somente à polícia de Buenos Aires - que responde ao governo local - a realização da operação segurança em torno do Congresso, o contingente não foi suficiente e decidiu-se pela intervenção de agentes da Polícia Federal e da Gendarmaria, uma força de natureza militar que responde diretamente ao Executivo nacional.
Antes do início da sessão, às 14h locais (15h em Brasília), os manifestantes, convocados pelas organizações sociais e sindicais, começaram os confrontos com a polícia atirando pedras e garrafas.
No entanto, a violência se agravou depois de que os manifestantes começaram a atirar rojões e fogos, queimar objetos e a fazer barricadas com as grades que cercam o Palácio Legislativo. Depois disso, a polícia começou a disparar balas de borracha e a usar gás de pimenta.
Estes incidentes acontecem depois que na quinta-feira passada, quando o projeto seria discutido em outra sessão, aconteceu um enfrentamento entre gendarmes e manifestantes que deixou dezenas de feridos e vários detidos.
"Pedimos que reflitam. É uma situação grave, gravíssima. Tomemos a decisão de suspender esta sessão como forma de evitar a violência na Argentina", disse durante o plenário desta segunda-feira o deputado opositor Agustín Rossi, da coalizão kirchnerista Frente para a Vitória.
A suspensão da sessão também ganhou o apoio de alguns aliados de Macri, como a deputada governista Elisa Carrió, da coalizão do presidente. Ela, no entanto, fez ressalvas sobre a organização das manifestações contra a reforma da previdência.
"Eu pedi a suspensão da sessão, mas peço que todas essas manifestações e o que está ocorrendo do lado de fora do (Congresso) seja observado pelo promotor penal e pelo juiz que está lidando com a conspiração institucional", afirmou a deputada.
As declarações da deputada reforçam a opinião do governo de Macri, que considera que a oposição está promovendo as manifestações para bloquear o debate da reforma da previdência no país.
Um dos principais pontos do projeto é a mudança da fórmula para calcular os reajustes das aposentadorias. Segundo o governo, a reforma permitirá que os aposentados ganhem mais em 2018. A oposição e os sindicatos discordam do governo, alegando que haverá cortes nos setores mais vulneráveis.
Buenos Aires, 18 dez (EFE).- A violência registrada do lado de fora da sede do Congresso da Argentina por enfrentamentos entre grupos de manifestantes e a polícia se agravou nesta segunda-feira durante a sessão que discute a polêmica reforma da previdência no país proposta pelo governo, enquanto a oposição pede que a sessão seja suspensa.
Até às 17h locais (18h de Brasília), os distúrbios tinham deixado pelo menos 15 policiais feridos, com traumatismos diversos, inclusive oculares e de crânio, e os mesmo precisaram ser levados a um centro médico, explicaram fontes do Ministério de Justiça e Segurança da Cidade. Além disso, oito civis foram levados a diversos hospitais.
A situação chegou a tal ponto que, apesar da determinação que caberia somente à polícia de Buenos Aires - que responde ao governo local - a realização da operação segurança em torno do Congresso, o contingente não foi suficiente e decidiu-se pela intervenção de agentes da Polícia Federal e da Gendarmaria, uma força de natureza militar que responde diretamente ao Executivo nacional.
Antes do início da sessão, às 14h locais (15h em Brasília), os manifestantes, convocados pelas organizações sociais e sindicais, começaram os confrontos com a polícia atirando pedras e garrafas.
No entanto, a violência se agravou depois de que os manifestantes começaram a atirar rojões e fogos, queimar objetos e a fazer barricadas com as grades que cercam o Palácio Legislativo. Depois disso, a polícia começou a disparar balas de borracha e a usar gás de pimenta.
Estes incidentes acontecem depois que na quinta-feira passada, quando o projeto seria discutido em outra sessão, aconteceu um enfrentamento entre gendarmes e manifestantes que deixou dezenas de feridos e vários detidos.
"Pedimos que reflitam. É uma situação grave, gravíssima. Tomemos a decisão de suspender esta sessão como forma de evitar a violência na Argentina", disse durante o plenário desta segunda-feira o deputado opositor Agustín Rossi, da coalizão kirchnerista Frente para a Vitória.
A suspensão da sessão também ganhou o apoio de alguns aliados de Macri, como a deputada governista Elisa Carrió, da coalizão do presidente. Ela, no entanto, fez ressalvas sobre a organização das manifestações contra a reforma da previdência.
"Eu pedi a suspensão da sessão, mas peço que todas essas manifestações e o que está ocorrendo do lado de fora do (Congresso) seja observado pelo promotor penal e pelo juiz que está lidando com a conspiração institucional", afirmou a deputada.
As declarações da deputada reforçam a opinião do governo de Macri, que considera que a oposição está promovendo as manifestações para bloquear o debate da reforma da previdência no país.
Um dos principais pontos do projeto é a mudança da fórmula para calcular os reajustes das aposentadorias. Segundo o governo, a reforma permitirá que os aposentados ganhem mais em 2018. A oposição e os sindicatos discordam do governo, alegando que haverá cortes nos setores mais vulneráveis.
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