Mercosul intensificará processo de "abertura ao mundo" em 2018
Eduardo Davis.
Brasília, 20 dez (EFE).- O Mercosul quer intensificar em 2018 o seu processo de "abertura ao mundo", que tem como destaque a negociação com a União Europeia (UE), afirmaram nesta quarta-feira os chanceleres dos quatro países fundadores do bloco.
Os ministros das Relações Exteriores de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai participaram em Brasília de uma reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, que serviu como preparação para a Cúpula que será realizada amanhã, também na capital federal.
Um dos pontos estipulados em relação ao próximo ano é que o bloco manterá o processo de "abertura ao mundo" que começou neste ano, quando também "voltou a suas origens" e deu prioridade aos aspectos econômicos e políticos, segundo o chanceler Aloysio Nunes.
O ministro anfitrião reiterou que as negociações com a UE estão nos capítulos finais e que "é muito pouco o que falta" ser acertado para que possa ser anunciado um "acordo político" prévio à assinatura de um tratado de livre-comércio entre as partes.
"A agenda externa agora é e será muito importante", disse o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, cujo país assumirá amanhã a presidência semestral do Mercosul.
Loizaga reforçou que o ponto "fundamental" dessa agenda externa são as negociações com a UE, mas que o Mercosul tem também frentes abertas com Canadá, Cingapura, Coreia do Sul e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Em todos os casos, o bloco sul-americano tentará avançar em negociações com acordos de livre comércio, que, de acordo com o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, deverão explorar o enorme potencial do Mercosul frente às crescentes necessidades alimentares do planeta.
"O Mercosul, como grande fornecedor de alimentos, deve firmar os alicerces de uma conjunção política e econômica que lhe permita aproveitar a sua posição, sumamente privilegiada, na realidade do comércio mundial", declarou o ministro uruguaio.
Já o chanceler argentino, Jorge Faurie, afirmou que a "abertura do Mercosul para o mundo já é um fato" e acrescentou que "a enorme expectativa em torno de um acordo com a União Europeia, que terá um significado extraordinário para as duas regiões, dá uma nova vitalidade" ao bloco sul-americano.
No plano interno, os chanceleres analisaram hoje diversas iniciativas para uma maior integração das cadeias produtivas dos quatro países e uma proposta de acordo para uma maior abertura nas compras governamentais.
No entanto, nesse último ponto não se chegou a consensos, e as discussões, segundo Aloysio Nunes, continuarão até amanhã, com a meta de deixar preparado o terreno para um acordo.
No campo político, os chanceleres voltaram a analisar a situação da Venezuela, e todos reiteraram o desejo de que o país supere "de forma pacífica" a situação de "ruptura da ordem constitucional" que, em agosto, o levou a ser suspenso do Mercosul.
Amanhã, na cúpula, o presidente anfitrião, Michel Temer, receberá os de Argentina (Mauricio Macri), Paraguai (Horacio Cartes) e Uruguai (Tabaré Vázquez).
Também participarão os presidentes de Bolívia (Evo Morales) e Guiana (David Granger), e representantes de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, todos com status de Estados associados ao bloco.
Brasília, 20 dez (EFE).- O Mercosul quer intensificar em 2018 o seu processo de "abertura ao mundo", que tem como destaque a negociação com a União Europeia (UE), afirmaram nesta quarta-feira os chanceleres dos quatro países fundadores do bloco.
Os ministros das Relações Exteriores de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai participaram em Brasília de uma reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, que serviu como preparação para a Cúpula que será realizada amanhã, também na capital federal.
Um dos pontos estipulados em relação ao próximo ano é que o bloco manterá o processo de "abertura ao mundo" que começou neste ano, quando também "voltou a suas origens" e deu prioridade aos aspectos econômicos e políticos, segundo o chanceler Aloysio Nunes.
O ministro anfitrião reiterou que as negociações com a UE estão nos capítulos finais e que "é muito pouco o que falta" ser acertado para que possa ser anunciado um "acordo político" prévio à assinatura de um tratado de livre-comércio entre as partes.
"A agenda externa agora é e será muito importante", disse o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Eladio Loizaga, cujo país assumirá amanhã a presidência semestral do Mercosul.
Loizaga reforçou que o ponto "fundamental" dessa agenda externa são as negociações com a UE, mas que o Mercosul tem também frentes abertas com Canadá, Cingapura, Coreia do Sul e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Em todos os casos, o bloco sul-americano tentará avançar em negociações com acordos de livre comércio, que, de acordo com o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, deverão explorar o enorme potencial do Mercosul frente às crescentes necessidades alimentares do planeta.
"O Mercosul, como grande fornecedor de alimentos, deve firmar os alicerces de uma conjunção política e econômica que lhe permita aproveitar a sua posição, sumamente privilegiada, na realidade do comércio mundial", declarou o ministro uruguaio.
Já o chanceler argentino, Jorge Faurie, afirmou que a "abertura do Mercosul para o mundo já é um fato" e acrescentou que "a enorme expectativa em torno de um acordo com a União Europeia, que terá um significado extraordinário para as duas regiões, dá uma nova vitalidade" ao bloco sul-americano.
No plano interno, os chanceleres analisaram hoje diversas iniciativas para uma maior integração das cadeias produtivas dos quatro países e uma proposta de acordo para uma maior abertura nas compras governamentais.
No entanto, nesse último ponto não se chegou a consensos, e as discussões, segundo Aloysio Nunes, continuarão até amanhã, com a meta de deixar preparado o terreno para um acordo.
No campo político, os chanceleres voltaram a analisar a situação da Venezuela, e todos reiteraram o desejo de que o país supere "de forma pacífica" a situação de "ruptura da ordem constitucional" que, em agosto, o levou a ser suspenso do Mercosul.
Amanhã, na cúpula, o presidente anfitrião, Michel Temer, receberá os de Argentina (Mauricio Macri), Paraguai (Horacio Cartes) e Uruguai (Tabaré Vázquez).
Também participarão os presidentes de Bolívia (Evo Morales) e Guiana (David Granger), e representantes de Chile, Colômbia, Equador, Peru e Suriname, todos com status de Estados associados ao bloco.
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