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Promotor pede prisão de primo de ex-presidente Kirchner por fraude

22/12/2017 18h33

Buenos Aires, 22 dez (EFE).- Um promotor federal da Argentina pediu nesta sexta-feira a prisão de Carlos Kirchner, primo do ex-presidente falecido Néstor Kirchner, em um caso na qual está sendo processado por suspeita de fraude na concessão de obras públicas durante o governo de Cristina Kirchner, entre 2007 e 2015.

O promotor Gerardo Pollicita apresentou o pedido de prisão ao juiz federal Julián Ercolini, que investiga esses supostos crimes cometidos na província de Santa Cruz, no sul da Argentina e berço do kirchnerismo, com o objetivo de favorecer o empresário Lázaro Báez, informaram fontes judiciais à agência estatal "Télam".

Por este caso também está sendo processada a própria Cristina, Báez, o ex-ministro de Planejamento Federal entre 2003 e 2015 Julio De Vido, e o ex-secretário de Obras Públicas no mesmo período José López, que está em prisão preventiva desde que foi surpreendido em flagrante em junho de 2016 quando tentava esconder quase US$ 9 milhões em um convento.

A decisão do promotor chega depois que a Gendarmaria realizou várias diligências de busca e apreensão por ordem do juiz Ercolini nesta quarta-feira em diversas propriedades de Carlos Kirchner e apreenderam cinco veículos e várias caixas com documentos.

Além disso, na semana passada, o juiz tinha ordenado à Gendarmaria que abrisse um cofre de segurança do primo do ex-presidente, na qual encontraram US$ 80 mil, 239 mil pesos argentinos (US$ 13 mil) e joias.

O expediente, aberto após uma denúncia formulada em 2008 pela deputada governista Elisa Carrió, que na época estava na oposição, investiga um suposto esquema de "benefícios exclusivos" em favor do grupo Austral, que é de propriedade de Báez, em detrimento dos cofres do Estado.

Por esta investigação, Ercolini já processou a ex-presidente em dezembro de 2016 e ditou contra ela um embargo de 10 bilhões de pesos argentinos (US$ 564 milhões).