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Ataque aéreo do Exército das Filipinas mata 10 jihadistas

26/12/2017 09h07

Manila, 26 dez (EFE).- Pelo menos dez jihadistas morreram nos ataques aéreos que o Exército das Filipinas começou a fazer ontem à noite no sul do país contra combatentes do grupo Lutadores pela Libertação Islâmica do Bangsamoro (BIFF), vinculado ao Estado Islâmico (EI), informou o porta-voz do órgão, Restituto Padilla.

"A ofensiva armada contra os terroristas segue em curso e, segundo os nossos dados, neutralizamos pelo menos uma dezena de rebeldes", declarou à Efe o porta-voz, acrescentando que também há feridos entre os rebeldes.

A operação aérea contra pontos do BIFF na província de Maguindanao, ao sul da conflituosa ilha de Mindanao, foi feita em resposta a um ataque dos insurgentes a um posto militar, segundo Padilla.

Criado em 2008, quando renunciou às armas da Frente Mouro de Libertação Islâmica (MILF) e posteriormente se aliou ao EI, os BIFF participaram da Batalha de Marawi, um conflito iniciado pelo Grupo Maute, também ligado ao EI, em maio e que terminou em outubro, com mais de 1.000 mortos nessa cidade de Mindanao. Além de grupos jihadistas, é muito ativo nesta região do país o Novo Exército do Povo, o braço armado do Partido Comunista da Filipinas - considerado ilegal -, que habitualmente realiza ataques armados contra militares.

Nas últimas horas, o Exército se manteve em "alerta máximo", segundo Padilla, já que hoje termina a trégua de Natal com o Novo Exército do Povo e a organização poderia planejar ataques terroristas por causa do 49º aniversário do Partido Comunista da Filipinas, de orientação maoísta e fundado em 26 de dezembro de 1968.

No último dia 5, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, declarou o Partido Comunista e o Novo Exército do Povo como organizações terroristas, por considerar fracassadas as negociações para encerrar o conflito.