Kuczynski chama de erros os crimes de Fujimori para justificar seu indulto
Lima, 25 dez (EFE).- O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, chamou nesta segunda-feira de "erros" os crimes contra a humanidade pelos quais foi condenado Alberto Fujimori para justificar o indulto que lhe concedeu este Natal, o que lhe exime de cumprir a maior parte dos 25 anos de prisão aos quais foi sentenciado.
Em mensagem televisionada para a nação, Kuczynski afirmou que indultar Fujimori foi a decisão mais difícil da sua vida, mas que tomou a determinação de libertar o ex-presidente porque aos 79 anos já tinha cumprido perto da metade da sua pena e a sua saúde tinha se deteriorado.
"Trata-se da saúde e das possibilidades de vida de um ex-presidente do Peru que, tendo cometido excessos e erros graves, foi sentenciado e já cumpriu 12 anos de condenação", argumentou Kuczynski.
"Estou convencido de que, quem se sente democrata, não deve permitir que Alberto Fujimori morra na prisão. A justiça não é vingança", acrescentou.
Para Kuczynski, Fujimori "incorreu em transgressões significativas da lei, ao respeito da democracia e dos direitos humanos quando nos anos 90 assumiu a Presidência de um país afundado numa crise violenta e caótica".
"Mas também acho que seu Governo contribuiu para o progresso nacional", disse Kuczynski sobre o período presidencial de Fujimori (1990-2000), que em 1992 protagonizou um 'autogolpe' de Estado e posteriormente fugiu do país para renunciar por fax quando estava no Japão, após se descobrir a enorme trama de corrupção do seu Governo.
Kuczynski, que foi chamado de traidor por setores da sociedade que o apoiaram nas eleições presidenciais para evitar que chegasse à Presidência Keiko Fujimori, filha de Alberto Fujimori e indultasse seu pai, afirmou que sua função é ser o presidente de todos os peruanos e não só dos que votaram nele.
Kuczynski reiterou que o indulto se baseia "em razões humanitárias", diante das suspeitas de que seja parte de um acordo político, após ter se safado de ser destituído no Congresso esta semana graças a um pequeno setor do fujimorismo.
O presidente peruano assinou o indulto apenas três dias depois de evitar a destituição com a abstenção de um grupo de dez fujimoristas liderados por Kenji Fujimori, filho mais novo de Alberto, que anteriormente tinha pedido de maneira aberta a Kuczynski para indultar seu pai.
O governante desejou que o indulto a Fujimori permita curar "feridas abertas, a partir de um esforço reconciliador e de uma vontade" por parte de todos para que o Peru comemore em 2021 um bicentenário da sua independência "fraterno, de paz e prosperidade".
"Não nos deixemos levar pelo ódio. Não paralisemos nosso país. Passemos esta página e trabalhemos juntos para o nosso futuro", concluiu Kuczynski.
Em mensagem televisionada para a nação, Kuczynski afirmou que indultar Fujimori foi a decisão mais difícil da sua vida, mas que tomou a determinação de libertar o ex-presidente porque aos 79 anos já tinha cumprido perto da metade da sua pena e a sua saúde tinha se deteriorado.
"Trata-se da saúde e das possibilidades de vida de um ex-presidente do Peru que, tendo cometido excessos e erros graves, foi sentenciado e já cumpriu 12 anos de condenação", argumentou Kuczynski.
"Estou convencido de que, quem se sente democrata, não deve permitir que Alberto Fujimori morra na prisão. A justiça não é vingança", acrescentou.
Para Kuczynski, Fujimori "incorreu em transgressões significativas da lei, ao respeito da democracia e dos direitos humanos quando nos anos 90 assumiu a Presidência de um país afundado numa crise violenta e caótica".
"Mas também acho que seu Governo contribuiu para o progresso nacional", disse Kuczynski sobre o período presidencial de Fujimori (1990-2000), que em 1992 protagonizou um 'autogolpe' de Estado e posteriormente fugiu do país para renunciar por fax quando estava no Japão, após se descobrir a enorme trama de corrupção do seu Governo.
Kuczynski, que foi chamado de traidor por setores da sociedade que o apoiaram nas eleições presidenciais para evitar que chegasse à Presidência Keiko Fujimori, filha de Alberto Fujimori e indultasse seu pai, afirmou que sua função é ser o presidente de todos os peruanos e não só dos que votaram nele.
Kuczynski reiterou que o indulto se baseia "em razões humanitárias", diante das suspeitas de que seja parte de um acordo político, após ter se safado de ser destituído no Congresso esta semana graças a um pequeno setor do fujimorismo.
O presidente peruano assinou o indulto apenas três dias depois de evitar a destituição com a abstenção de um grupo de dez fujimoristas liderados por Kenji Fujimori, filho mais novo de Alberto, que anteriormente tinha pedido de maneira aberta a Kuczynski para indultar seu pai.
O governante desejou que o indulto a Fujimori permita curar "feridas abertas, a partir de um esforço reconciliador e de uma vontade" por parte de todos para que o Peru comemore em 2021 um bicentenário da sua independência "fraterno, de paz e prosperidade".
"Não nos deixemos levar pelo ódio. Não paralisemos nosso país. Passemos esta página e trabalhemos juntos para o nosso futuro", concluiu Kuczynski.
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