Vice-presidente e responsável por queda de Mugabe é nomeado ministro
Harare, 29 dez (EFE).- O vice-presidente do Zimbábue, o general Constantino Chiwenga, principal responsável pela derrubada de Robert Mugabe, foi nomeado ministro de Defesa do país, informou o governo em comunicado divulgado nesta sexta-feira.
Chiwenga, que tomou posse como vice-presidente na quinta-feira, também foi eleito pelo novo chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa, como titular de Defesa, uma decisão considerada por muitos como uma "militarização" das instituições.
Desde o início de dezembro, esse posto estava ocupado pelo segundo vice-presidente, o veterano político Kembo Mohadi, que também tomou posse ontem e que assumiu hoje o Ministério de Paz Nacional e Reconciliação.
Alguns críticos do governo denunciam que a nomeação de Chiwenga é um prêmio por seu papel na queda de Mugabe após 37 anos no poder, depois de organizar a revolta militar e de participar das negociações que levaram à renúncia do veterano governante, de 93 anos, em 21 de novembro.
A chamada "Operação Restaurar o Legado" foi desencadeada como resposta à destituição, no dia 6 de novembro, do próprio Mnangagwa (um velho aliado de Mugabe que tinha feito parte de todos os governos desde a independência, em 1980) como vice-presidente, forçada pela fação simpatizante das ambições da primeira-dama, Grace Mugabe, de substituir o marido no poder.
"A nomeação de Mnangagwa ao general Chiwenga, o cérebro militar golpista, como vice-presidente e responsável pelas forças de Defesa, confirma um governo com junta militar", disse o diretor da organização Human Right Watch para a África Meridional, Dewa Mavhinga.
Mnangagwa prometeu reiteradamente que tanto ele como a sua nova equipe trabalharão duro para recuperar a confiança dos cidadãos e dos investidores estrangeiros, e que as eleições gerais previstas para 2018 serão realizadas de forma "livre e justa".
Chiwenga, que tomou posse como vice-presidente na quinta-feira, também foi eleito pelo novo chefe de Estado, Emmerson Mnangagwa, como titular de Defesa, uma decisão considerada por muitos como uma "militarização" das instituições.
Desde o início de dezembro, esse posto estava ocupado pelo segundo vice-presidente, o veterano político Kembo Mohadi, que também tomou posse ontem e que assumiu hoje o Ministério de Paz Nacional e Reconciliação.
Alguns críticos do governo denunciam que a nomeação de Chiwenga é um prêmio por seu papel na queda de Mugabe após 37 anos no poder, depois de organizar a revolta militar e de participar das negociações que levaram à renúncia do veterano governante, de 93 anos, em 21 de novembro.
A chamada "Operação Restaurar o Legado" foi desencadeada como resposta à destituição, no dia 6 de novembro, do próprio Mnangagwa (um velho aliado de Mugabe que tinha feito parte de todos os governos desde a independência, em 1980) como vice-presidente, forçada pela fação simpatizante das ambições da primeira-dama, Grace Mugabe, de substituir o marido no poder.
"A nomeação de Mnangagwa ao general Chiwenga, o cérebro militar golpista, como vice-presidente e responsável pelas forças de Defesa, confirma um governo com junta militar", disse o diretor da organização Human Right Watch para a África Meridional, Dewa Mavhinga.
Mnangagwa prometeu reiteradamente que tanto ele como a sua nova equipe trabalharão duro para recuperar a confiança dos cidadãos e dos investidores estrangeiros, e que as eleições gerais previstas para 2018 serão realizadas de forma "livre e justa".
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