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Proa de petroleiro iraniano acidentado afunda após forte explosão

14/01/2018 09h25

Pequim, 14 jan (EFE).- A proa do petroleiro iraniano que se chocou no último dia 6 de janeiro com um cargueiro no Mar da China Oriental, onde seguem desaparecidos 29 marinheiros, afundou neste domingo após uma nova explosão, informou o governo chinês.

A explosão aconteceu por volta de 12h (horário local, 2h de Brasília), quando todo o petroleiro começou a arder com força, com chamas de entre 800 e 1.000 metros de altura, detalhou em um comunicado o Ministério de Transportes chinês.

As autoridades chinesas mantinham até hoje as tarefas de busca dos 29 marinheiros que ainda permanecem desaparecidos, já que as equipes de emergência só conseguiram recuperar três dos 32 tripulantes, 30 iranianos e dois bengaleses, que estavam a bordo do "Sanchi".

Em imagens divulgadas pela emissora de televisão estatal chinesa "CCTV" é possível ver uma parte do navio afundado, enquanto o resto arde com força no meio de uma grande e densa coluna de fumaça preta.

Após saber da notícia do afundamento, o Irã confirmou a morte dos marinheiros do petroleiro, e assegurou que tampouco existe a possibilidade de encontrar os corpos dos falecidos, segundo a televisão estatal iraniana.

Uma equipe iraniana se uniu recentemente às tarefas de resgate - também apoiadas por unidades japonesas e sul-coreanas - em meio às críticas aos trabalhos de resgate e à lentidão para apagar o incêndio, ainda que o governo de Teerã tenha defendido as autoridades chinesas e negado que estas tenham atuado com negligência.

A causa do acidente ainda é desconhecida, mas as autoridades chinesas asseguraram que já abriram uma investigação.

O petroleiro iraniano colidiu no dia 6 de janeiro com o cargueiro "CF Crystal", registrado em Hong Kong, cujos 21 tripulantes, todos de nacionalidade chinesa, puderam ser resgatados.

Posteriormente, o navio chegou à zona econômica exclusiva japonesa empurrado pelos fortes ventos, segundo informou a Guarda Costeira do Japão.

O "Sanchi", registrado no Panamá, transportava 136.000 toneladas de petróleo condensado formado por uma mistura de hidrocarbonetos recuperados durante o processamento do gás natural.

Ainda que ainda seja cedo para falar do impacto ambiental, o Greenpeace alertou que um grande volume de vazamento de condensado poderia representar um risco de intoxicação de espécies de grande consumo na China como a corvina amarela e a cavala.