Presidente da Efe diz que notícias verídicas ajudam relações Espanha-Rússia
Moscou, 16 jan (EFE).- O presidente da Agência Efe, José Antonio Vera, declarou nesta terça-feira que a agência de notícias pode contribuir para melhorar as relações entre Espanha e Rússia - que estremeceram devido à suposta ingerência de Moscou no conflito da Catalunha - por meio da divulgação de notícias "verídicas e apuradas".
"Acreditamos que, com informações verídicas e apuradas, a Efe ajuda em um melhor clima de entendimento e diálogo", afirmou Vera, principal conferencista do debate "Rússia-Espanha: novas oportunidades", realizado na Universidade Ranepa, na capital russa, dentro do fórum Gaidar.
Diante de participantes e outros palestrantes como o embaixador da Espanha, Ignacio Ybáñez, Vera disse que "uma agência como a Efe tenta introduzir racionalidade e veracidade em relações como as da Espanha com a Rússia, muitas vezes afetadas por mal-entendidos".
"Essa é a nossa contribuição, a contribuição da Efe para uma relação melhor e mais próxima da Espanha com a Rússia", reiterou.
Vera reconheceu que "a imagem da Rússia na Espanha não é muito boa" e que "na Espanha o povo russo é admirado, mas às vezes não são entendidas as atuações de seus políticos".
"Recentemente, não ajudou a posição de Moscou no conflito da Catalunha", frisou.
"(Os espanhóis) nunca participaram da percepção da Rússia como uma ameaça ou um risco para a paz mundial, mas essa percepção pode estar mudando com os ciberataques a países europeus", destacou o presidente da Efe.
Vera debateu o reflexo recente da crise catalã na imprensa, citando agências como a "Sputnik" e a rede de televisão "RT", que "teriam acentuado o tom opinando e tergiversando manchetes".
Desde o referendo sobre a soberania da Catalunha, em 1º de outubro, "se intensificaram as acusações de ingerência russa através de bots e hackers para favorecer o separatismo", segundo Vera, que citou diversos relatórios que documentaram esta interferência.
Em meio a essa discussão, "o Kremlin mantém sua postura oficial de que o tema da Catalunha é um assunto interno da Espanha e que a Rússia deseja manter a Espanha unida", ressaltou.
Vera destacou o papel ue as agências de notícias devem desempenhar em relação a uma realidade na qual proliferam conceitos como pós-verdade, os fatos alternativos e as chamadas 'fake news', que misturam "informar com opinar".
"Informar é mais difícil, mais exigente, mais custoso e mais responsável do que opinar. Porque opinar qualquer um pode fazer, e às vezes com intenções inconfessáveis, mas informar só um profissional pode fazer", disse.
A solução, segundo o presidente da Efe, é "contar a verdade e contrastar essa verdade com o maior número possível de fontes e enviar a notícia ao público com a maior rapidez e a linguagem mais precisa".
Para Vera, "as fake news e as pós-verdades são para a informação o que o 'fast food' representa para a alimentação saudável: no começo gostamos, porque comemos facilmente e tem um sabor viciante que nos atrai, mas com o tempo produz doenças cardiovasculares e obesidade". Ele também lamentou que essa "realidade passe a fazer parte da nossa opinião e nos tornemos intolerantes e sectários".
"Acreditamos que, com informações verídicas e apuradas, a Efe ajuda em um melhor clima de entendimento e diálogo", afirmou Vera, principal conferencista do debate "Rússia-Espanha: novas oportunidades", realizado na Universidade Ranepa, na capital russa, dentro do fórum Gaidar.
Diante de participantes e outros palestrantes como o embaixador da Espanha, Ignacio Ybáñez, Vera disse que "uma agência como a Efe tenta introduzir racionalidade e veracidade em relações como as da Espanha com a Rússia, muitas vezes afetadas por mal-entendidos".
"Essa é a nossa contribuição, a contribuição da Efe para uma relação melhor e mais próxima da Espanha com a Rússia", reiterou.
Vera reconheceu que "a imagem da Rússia na Espanha não é muito boa" e que "na Espanha o povo russo é admirado, mas às vezes não são entendidas as atuações de seus políticos".
"Recentemente, não ajudou a posição de Moscou no conflito da Catalunha", frisou.
"(Os espanhóis) nunca participaram da percepção da Rússia como uma ameaça ou um risco para a paz mundial, mas essa percepção pode estar mudando com os ciberataques a países europeus", destacou o presidente da Efe.
Vera debateu o reflexo recente da crise catalã na imprensa, citando agências como a "Sputnik" e a rede de televisão "RT", que "teriam acentuado o tom opinando e tergiversando manchetes".
Desde o referendo sobre a soberania da Catalunha, em 1º de outubro, "se intensificaram as acusações de ingerência russa através de bots e hackers para favorecer o separatismo", segundo Vera, que citou diversos relatórios que documentaram esta interferência.
Em meio a essa discussão, "o Kremlin mantém sua postura oficial de que o tema da Catalunha é um assunto interno da Espanha e que a Rússia deseja manter a Espanha unida", ressaltou.
Vera destacou o papel ue as agências de notícias devem desempenhar em relação a uma realidade na qual proliferam conceitos como pós-verdade, os fatos alternativos e as chamadas 'fake news', que misturam "informar com opinar".
"Informar é mais difícil, mais exigente, mais custoso e mais responsável do que opinar. Porque opinar qualquer um pode fazer, e às vezes com intenções inconfessáveis, mas informar só um profissional pode fazer", disse.
A solução, segundo o presidente da Efe, é "contar a verdade e contrastar essa verdade com o maior número possível de fontes e enviar a notícia ao público com a maior rapidez e a linguagem mais precisa".
Para Vera, "as fake news e as pós-verdades são para a informação o que o 'fast food' representa para a alimentação saudável: no começo gostamos, porque comemos facilmente e tem um sabor viciante que nos atrai, mas com o tempo produz doenças cardiovasculares e obesidade". Ele também lamentou que essa "realidade passe a fazer parte da nossa opinião e nos tornemos intolerantes e sectários".
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