Mais de 40 mil camaroneses fogem para a Nigéria por conflito separatista
Abuja, 25 jan (EFE).- Mais de 40 mil camaroneses anglófonos fugiram para os estados de Cross Rivers e Benue, na Nigéria, devido aos confrontos entre o Exército do país e grupos armados independentistas, uma situação que se agravou nos últimos meses.
O diretor da Agência de Gestão de Emergências de Cross Rivers, John Inaku, confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe que mais de 30 mil camaroneses estão no estado. A imprensa de Benue estima que 10 mil refugiados fugiram para a região do outro lado da fronteira.
Os números são muito superiores aos últimos relatórios divulgados pela ONU, que informavam sobre a fuga de 10 mil camaroneses para o país vizinho.
"Cada vez mais novas pessoas chegam em situação desesperadora. Precisam de comida e medicamentos e temos que oferecer melhores alojamentos antes do início da temporada de chuvas", explicou Inaku.
"A presença da ONU e de organizações humanitárias na região não é suficiente, e os serviços de emergência de Cross Rivers estão ultrapassados", alertou o diretor.
A Efe tentou entrar em contato com o governo do estado de Benue para confirmar o número de refugiados divulgados pela imprensa, mas não obteve resposta.
O conflito afeta duas províncias camaronesas. Na de Sudoeste, atuam grupos armados como as Forças de Defesa da Ambazonia. Desde ontem, em Noroeste, o recém-criado Exército de Resistência de Banso começou a enfrentar as tropas do governo local.
O governo de Camarões afirma que a situação está sob controle, mas 20 soldados já morreram até o momento. Só nesta semana, os confrontos entre separatistas e militares deixaram dez mortos na cidade de Kwa Kwa, no Sudoeste.
O conflito se agravou nos últimos meses, especialmente depois de o presidente do país, Paul Biya, ter afirmado que tomaria todas as medidas para evitar os danos causados pelos grupos independentistas, chamados por ele de "terroristas" e "criminosos.
Camarões foi colônia do Reino Unido e da França até 1960, quando declarou independência. Em 1972, depois de um referendo, o país se unificou, tornando o inglês e o francês como idiomas oficiais junto com as cerca de 250 idiomas locais.
No entanto, a minoria anglófona se queixa de marginalização em relação à maioria francófona, especialmente em matéria de distribuição de riqueza. Eles também afirmam que o inglês é considerado um idioma secundário, por isso exigem a independência das regiões.
O governo de Camarões, comandado por Biya desde 1982, ignora as demandas e nega que elas sejam debatidas no Legislativo, o que gera críticas da oposição.
O diretor da Agência de Gestão de Emergências de Cross Rivers, John Inaku, confirmou nesta quinta-feira à Agência Efe que mais de 30 mil camaroneses estão no estado. A imprensa de Benue estima que 10 mil refugiados fugiram para a região do outro lado da fronteira.
Os números são muito superiores aos últimos relatórios divulgados pela ONU, que informavam sobre a fuga de 10 mil camaroneses para o país vizinho.
"Cada vez mais novas pessoas chegam em situação desesperadora. Precisam de comida e medicamentos e temos que oferecer melhores alojamentos antes do início da temporada de chuvas", explicou Inaku.
"A presença da ONU e de organizações humanitárias na região não é suficiente, e os serviços de emergência de Cross Rivers estão ultrapassados", alertou o diretor.
A Efe tentou entrar em contato com o governo do estado de Benue para confirmar o número de refugiados divulgados pela imprensa, mas não obteve resposta.
O conflito afeta duas províncias camaronesas. Na de Sudoeste, atuam grupos armados como as Forças de Defesa da Ambazonia. Desde ontem, em Noroeste, o recém-criado Exército de Resistência de Banso começou a enfrentar as tropas do governo local.
O governo de Camarões afirma que a situação está sob controle, mas 20 soldados já morreram até o momento. Só nesta semana, os confrontos entre separatistas e militares deixaram dez mortos na cidade de Kwa Kwa, no Sudoeste.
O conflito se agravou nos últimos meses, especialmente depois de o presidente do país, Paul Biya, ter afirmado que tomaria todas as medidas para evitar os danos causados pelos grupos independentistas, chamados por ele de "terroristas" e "criminosos.
Camarões foi colônia do Reino Unido e da França até 1960, quando declarou independência. Em 1972, depois de um referendo, o país se unificou, tornando o inglês e o francês como idiomas oficiais junto com as cerca de 250 idiomas locais.
No entanto, a minoria anglófona se queixa de marginalização em relação à maioria francófona, especialmente em matéria de distribuição de riqueza. Eles também afirmam que o inglês é considerado um idioma secundário, por isso exigem a independência das regiões.
O governo de Camarões, comandado por Biya desde 1982, ignora as demandas e nega que elas sejam debatidas no Legislativo, o que gera críticas da oposição.
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